Da Carta Capital
Montenegro, do Ibope, diz que eleição está à beira da definição
Paula Thomaz
"Diferença entre Dilma e a soma dos demais candidatos está no limite para assegurar que nada mais mudará", diz o presidente do Instituto
Na semana passada os diretores dos principais institutos de pesquisa Vox Populi, Sensus e Ibope, em conversa com o colunista de CartaCapital Mauricio Dias, previram a possibilidade de a candidata petista, Dilma Rousseff, ganhar as eleições em primeiro turno, já que nas últimas pesquisas o candidato tucano, José Serra, aparecia estagnado.
João Francisco Meira, do Vox Populi, apontou vários itens que projetavam a vitória de Dilma em primeiro turno. Ricardo Guedes, do Sensus, disse que "essa hipótese não poderia ser desconsiderada". Já Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, foi mais comedido, e preferiu esperar o início dos programas eleitorais para poder ter segurança na afirmação.
Mas, logo no início da semana, o Ibope, presidido por Montenegro, divulgou uma pesquisa encomendada pela tevê Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, que mostrou Dilma à frente de Serra com 51% das intenções de voto contra 38% do tucano, com grande possibilidade de vencer as eleições já no primeiro turno. Isso tudo, um dia antes de ter início o horário eleitoral obrigatório.
Em entrevista a CartaCapital, depois do resultado da pesquisa, Montenegro afirmou que há uma tendência de crescimento da candidata do PT que vem se confirmando a cada pesquisa realizada. "A pesquisa divulgada dia 16/08 mostra uma consolidação da candidatura de Dilma, ela cresce significamente em segmentos que passam a conhecê-la melhor e associá-la como a candidata do Presidente Lula."
O presidente do Instituto ainda crê na força do programa eleitoral. "Para podermos afirmar com certeza de que esta eleição terminará no primeiro turno, é preciso avaliar os possíveis efeitos dos programas eleitorais e dos desempenhos dos candidatos nos debates. A pesquisa de segunda-feira mostra que as chances aumentaram, mas a diferença entre Dilma e a soma dos demais candidatos está no limite para assegurar que nada mais mudará".
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