Brazil’s election: all over bar the voting?
por Jonathan Wheatley, no Financial Times
Faltam 40 dias para as eleições gerais do Brasil em 3 de outubro e como todos sabem, este é um longo tempo em política. Mas no dia de hoje é difícil imaginar qualquer resultado que não seja uma vitória retumbante na disputa presidencial de Dilma Rousseff, a sucessora escolhida do esquerdista PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está no poder há oito anos como o presidente mais popular da História do Brasil.
Uma pesquisa publicada hoje dá a Dilma 18 pontos de vantagem sobre seu rival mais próximo, José Serra da oposição centrista do PSDB. Serra liderou as pesquisas até o mês passado, largamente, parece agora, porque era simplesmente mais conhecido. A esperança dele era manter impulso suficiente para forçar Dilma ao segundo turno no dia 31 de outubro. Mas a pesquisa mais recente dá a Dilma mais votos do que todos os adversários combinados — o suficiente para garantir a ela uma vitória no primeiro turno.
Uma pesquisa publicada hoje dá a Dilma 18 pontos de vantagem sobre seu rival mais próximo, José Serra da oposição centrista do PSDB. Serra liderou as pesquisas até o mês passado, largamente, parece agora, porque era simplesmente mais conhecido. A esperança dele era manter impulso suficiente para forçar Dilma ao segundo turno no dia 31 de outubro. Mas a pesquisa mais recente dá a Dilma mais votos do que todos os adversários combinados — o suficiente para garantir a ela uma vitória no primeiro turno.
A campanha da Dilma foi rápida na exploração de sua liderança.
A campanha de Serra está desorganizada. Ele parece estar concorrendo com um único tema: suas conquistas como ministro da Saúde uma década atrás e os investimentos de saúde que fez como prefeito de São Paulo e governador do estado de São Paulo. Ele ocupou valiosos centímetros de colunas para acusar Evo Morales da Bolívia de traficar cocaína para o Brasil, acusou o PT de ligações com as FARC da Colômbia e acusou o governo de censurar a imprensa — certamente uma das menos censuradas do mundo.
Nada disso tem qualquer coisa a ver com seu programa de governo. Na verdade, é duro de descobrir qual é o programa dele. Deveria ser a continuação das reformas que o estado brasileiro começou nos anos 90 pelo seu colega de partido Fernando Henrique Cardoso. Em vez disso, Serra permitiu que Dilma se posicionasse como a campeã da ortodoxia e da responsabilidade fiscal, lançando a possibilidade de um “choque positivo” como aquele que foi dado por Lula em 2003, seu primeiro no poder.
Emtão Lula adotou uma reforma parcial do sistema de Previdência e cortou gastos públicos, antes de permitir que eles passassem a se expandir. Os assessores de Dilma estão prometendo reduzir a meta de inflação do governo e o aumento do superávit primário (antes do pagamento das dívidas — quando incluídas, o governo está em déficit). Se isso vai ser uma jogada de curto prazo para conquistar investidores ou o começo de uma reforma profunda, os brasileiros vão descobrir logo.
PS do Viomundo: O correspondente está pedindo, simplesmente, que Serra pendure FHC no próprio pescoço! Esse não entende nada de Brasil.
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