A cachê pago por pessoa para ser figurante na platéia da convenção demo-tucana que oficializou a candidatura de José Serra (PSDB/SP) foi de R$ 35,00 (segundo o jornal Agora São Paulo).
Eram 11h15 quando militantes do PSDB, impacientes, perguntavam sobre o jogo da Argentina. "Tá demorando demais, podiam ter colocado um telão aqui, né?", afirmou um dos jovens.
No mesmo horário chegou um grupo de 80 supostos militantes do DEM -cada um recebeu R$ 35 para estar ali.
José Serra não quis ser fotografado ao lado de sua "militância". Para que ninguém fosse pra casa sem uma lembrancinha de José Serra, o PSDB, providenciou uma tenda, com uma maquininha que materializava em foto a presença de José Serra. Uma recepcionista com a camisa azul "Serra presidente" ajustava os rostos de militantes dentro da maquininha, ao lado de um risonho Serra.
"Vou usar na campanha", disse o prefeito de Itaetê (BA), Adimar Matos Souza (PSDB). Ao lado, sua mulher já entoava o jingle tucano. Em 2009, a oposição tachou de eleitoreiras montagens similares feitas por petistas em encontro de prefeitos. Esse ano, tanto o partido de José Serra, como o próprio Serra, não acharam eleitoreiro. Copiaram
Ironicamente, no discurso, Serra disse:
"Não tenho esquemas, não tenho máquinas oficiais, não tenho patotas, não tenho padrinhos, não tenho esquadrões de militantes pagos com dinheiro público".
Foram pagos por quem?
A assessora de imprensa da campanha de Serra foi paga pelo governo de São Paulo no mês passado e, aparentemente, continua recebendo dinheiro do governo paulista através da Imprensa Oficial S.A.
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