Deu na Época
Favorecido pelas trapalhadas de petistas nas armações contra serra, o ex-ministro se consolida como chefão da campanha de Dilma
Alberto Bombig, Andrei Meireles e Leonel Rocha:
Em fevereiro, logo após a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, despontar em alta nas pesquisas, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel passou a ser apontado por colegas de partido como forte candidato a “futuro chefe da Casa Civil do governo Dilma”.
A despeito da longa distância que separa a expectativa de vitória desses petistas de um êxito nas urnas em outubro, a “nomeação” servia para ilustrar o grau de amizade entre Dilma e Pimentel – e a influência dele na campanha dela. Ambos se conhecem há quatro décadas.
No mês passado, Dilma voltou a subir nas pesquisas e, pela primeira vez, empatou com seu principal adversário, José Serra (PSDB), na liderança. Desta vez, no entanto, Pimentel, o único coordenador da campanha petista ao Planalto indicado diretamente por Dilma, está em posição menos confortável.
Nas projeções futuras ou de poder na campanha, Pimentel foi eclipsado pelo ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, colocado na campanha a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um exímio arrecadador de recursos.
Quem contribuiu para destruir as pretensões de Pimentel foi, ironicamente, a equipe que ele próprio montou para comandar a estratégia de comunicação de Dilma.
O jornalista Luiz Lanzetta, com folha corrida de serviços prestados a Pimentel, se afastou da chefia de comunicação da campanha na semana passada, depois de ter se envolvido na investigação de denúncias sobre os negócios da empresária Verônica Serra, filha de Serra, e numa desastrada operação para espionar adversários dentro da própria campanha do PT.
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