Do blog tijolaço
O Globo – estava demorando – vem amanhã com a história do que ele mesmo chama de “suposto” dossiê que estaria sendo montado contra a filha de José Serra por grupos do PT na disputa por espaço dentro da campanha de Dilma.
Eu devo dizer que tenho arrepios só de ouvir falar em dossiês, porque, para mim, significam promiscuidade entre a atividade de polícia e da política. E falo como alguém que tem tido a atitude de denunciar, de peito aberto e assinando embaixo, as irregularidades e golpes de esperteza que marcam este processo eleitoral.
Ao que tenha sido noticiado até agora, não há dossiê algum e a própria matéria do jornal não diz do que Verônica Serra seria acusada.E, francamente, nem sei quem é e não tem a menor importância quem seja.
Tudo na notícia tem cheiro de armação.
Mas, como toda armação, parte de alguns fatos reais para criar outros, irreais.
Para começar, não há motivo algum para o que o jornal chama de “crise na campanha de Dilma”. Se há alguma crise, é em outra freguesia, no quintal do candidato que cai nas pesquisas e que não consegue, sequer, negociar a indicação de um vice.
Se alguém, às suas próprias expensas, quer trazer um marqueteiro ou “interneteiro” gringo para dar pitacos, é problema de quem pagou e trouxe, querendo se “cacifar” com a candidata favorita.
Os tucanos cansaram de trazer o mítico Antonio Lavareda e ninguém foi ver quem pagava as passagens dele.
Relembro aos nossos amigos do PT que estas “disputas de espaço” em detrimento da causa maior, mais que traiçoeiras, são estúpidas. Se fornecem munição, mesmo que seja “de festim” ao inimigo, passam a ser disputas do espaço que se coloca em risco de perder.
Mas que isso não apavore ninguém, porque Lula e Dilma estão tão a cavaleiro nesta história que estes personagens só se apequenam.
Já disse mais de uma vez: o combate de fustigamento, apontando atos e palavras que revelam o que pretende a direita serrista não compete à campanha de Dilma. É nosso, desta imensa multidão de ativistas – petistas ou não – que podemos agir com uma liberdade que a candidata e o núcleo da campanha não podem ter.
Ali, é preciso que impere a serenidade e jamais o aventureirismo.
O combate raso, de guerrilha, damo-o nós. E sem dossiês, sem udenismos, sem policialismos. Este é o método deles, não o nosso.
O nosso é a bandeira do povo brasileiro. E como reúne gente de valor esta bandeira, desfraldada!
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