sábado, 11 de setembro de 2010

Subindo o tom

Do blog de Cristiana Lôbo

O PSDB pretende subir o tom nas críticas à candidata petista Dilma Rousseff nesta reta final da campanha presidencial para marcar diferenças entre sua proposta e a da adversária e, assim, tentar recuperar o eleitorado que José Serra vem perdendo desde que começou a propaganda eleitoral na televisão.

Ainda que não haja tempo para reverter o quadro sucessório bastante favorável à Dilma Rousseff, os tucanos consideram importante marcar diferenças.

O caso da quebra de sigilo de familiares de José Serra, chamado de Receitagate, produziu algum efeito nesta direção, ainda que pequeno: Dilma perdeu cinco pontos porcentuais entre os eleitores de maior escolaridade e sete pontos porcentuais entre os de maior renda.

Quem se beneficiou disso, entretanto, foi Marina Silva (PV) que subiu um ponto porcentual na pesquisa DataFolha desta sexta-feira.

Dilma manteve os 50% por cento de intenção de votos (ela compensou a perda neste segmento do eleitorado com crescimento em dois Estados do Nordeste, Pernambuco e Bahia) e José Serra perdeu um ponto e ficou com 27% das intenções de votos.

Desde o início da disputa, alguns tucanos – entre eles Fernando Henrique Cardoso - aconselharam Serra a pontuar sua campanha com críticas ao governo Lula e tratando de temas que são caros para o eleitor tucano, como política externa e também o resgate dos feitos do governo FHC.

Serra, no início, optou por um caminho de se apresentar como continuidade do governo Lula e, aos poucos, viu ruir o seu eleitorado.

Ele começou a campanha como favorito, com larga vantagem sobre a adversária e, neste momento, as pesquisas indicam que pode perder no primeiro turno – o que não aconteceu quando enfrentou Lula em 2002.

O maior temor do PSDB a esta altura da campanha é que o favoritismo de Dilma Rousseff provoque a chamada “onda vermelha” que afete até os candidatos tucanos favoritos nas disputas aos governos estaduais – como Geraldo Alckmin em São Paulo; Beto Richa, no Paraná e Antonio Anastasia, em Minas Gerais.

Há ainda tucanos com chances de vitória em Goiás, Alagoas, Piauí e Pará, pelo

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