Leila Suwwan, O Globo
O PT e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) subiram nesta terça-feira o tom das críticas contra a imprensa e afirmaram que o "Ato contra o golpismo midiático ", marcado para esta quinta-feira, é "reação legítima" ao que consideram ser favorecimento à campanha presidencial tucana.
A oposição criticou o evento, que considera uma tentativa de intimidação da imprensa e "venezuelização" no país. O candidato José Serra (PSDB) afirmou que o PT tem atitude "fascista".
Segundo o secretário de Comunicação do PT, André Vargas (PT-PR), o protesto responde ao anseio da militância. Ele reconheceu que há preocupação eleitoral de recentes escândalos atingirem a campanha petista, apesar de Dilma Rousseff liderar as pesquisas:
- Os editoriais são muito agressivos, parecem panfleto do Serra. Não podemos assistir passivamente. Nesta campanha, está demais. O tom é muito eleitoreiro e não damos conta. Temos que reagir, e só tem esse jeito. Achamos que isso pode influenciar a eleição. Não podemos esperar isso acontecer.
Segundo ele, "a verdade vai demorar a aparecer" no escândalo de Erenice Guerra devido ao jogo de interesses e à participação de "assediadores" e "chantagistas". O presidente da CUT, Artur Henrique, declarou apoio ao ato e disse que Serra está sendo favorecido.
- Não aguentam ver o sucesso do governo Lula. Estão desesperados e usam órgãos de imprensa e algumas concessões públicas de forma parcial. Tentam causar desgaste à campanha de Dilma - disse Artur Henrique, acrescentando que é preciso aguardar a apuração porque "na democracia é assim".
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