quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O “povão” e a nova maneira de avaliar os candidatos

A premissa da democracia eleitoral, na sua acepção contemporânea, é a liberdade do eleitor para definir seu voto. Cada um faz o que quer com ele. Consulta a consciência, toma sua decisão e a deposita na urna (no Brasil, digita o número de seu escolhido). Uns não são mais livres que outros. Ninguém é obrigado a votar como os demais e nem a selecionar seus preferidos da mesma maneira que os outros.

Os "ingratos" se vingam de Lula

Segundo o Centro de Políticas Sociais da FGV-RJ, quase 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe C no governo Lula.

Esse pessoal tem renda familiar mensal entre R$ 1.126 e R$ 4.854. Constitui hoje o bloco com maior poder de consumo no país, à frente das classes A, B, D (já o segundo maior) e E.

Segundo a empresa de pesquisas Data Popular, cabem no bolso da classe C cerca de R$ 430 bilhões anuais em compras.

Foi graças principalmente à política de valorização do salário mínimo (alta de 53% acima da inflação sob Lula) e aos quase 15 milhões de empregos formais criados em seu governo que essa travessia para a classe C ocorreu.

Pois bem: é exatamente a classe C que está ameaçando a candidata petista Dilma Rousseff de ter de enfrentar um segundo turno.

Dilma perdeu cerca de 6 milhões de votos (entre um total de 135 milhões) nas duas últimas semanas.

O período foi pontuado por escândalos na Casa Civil, a demissão da ex-braço direito de Dilma, Erenice Guerra, e por críticas destemperadas da candidata e de Lula contra a imprensa em geral.

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, foi a maior beneficiada por essa migração de votos. Conquistou cerca de 4 milhões de eleitores no período. Serra ganhou cerca de 2 milhões.

Mais da metade dessa "sangria" (cerca de 3,6 milhões de votos) se concentrou exatamente na parcela da população pertencente à classe C.

O mais significativo é que Dilma perdeu eleitores ou oscilou para baixo em todos os estratos da população.

Isso ocorre quando a economia brasileira está posicionada para crescer quase 8% neste ano eleitoral. E num momento em que a renda e o número de empregos formais continuam ascendentes.

A grande trincheira de Dilma continua sendo os menos favorecidos.

No Nordeste, região mais pobre do Brasil, ela tem o triplo das intenções de voto de Serra (59% contra 19%). Entre os que tem renda familiar mensal até R$ 1.020, Dilma bate Serra por 52% a 25%.

O irônico nesta reta final do primeiro turno é que é de Lula o mérito por ter colocado mais dinheiro no bolso dos brasileiros para comprar bens, televisores, estudar mais e se informar.

São eles que colocam agora sua candidata sob pressão por conta de escândalos e fanfarronices contra a mídia.

É bom que seja assim.

"Sucessão geracional"

29/09/2010

A eleição ainda nem acabou, e o Datafolha reabre a possibilidade de haver segundo turno, mas Aécio Neves já fala como líder do que seria, digamos, a nova oposição que vem por aí, caso se confirme a vitória de Dilma Rousseff.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Melhor esquecer

Droga de campanha, esta.

Fora do controle do seu marqueteiro, Dilma revelou-se incapaz de dissertar sobre qualquer coisa com começo, meio e fim.

A racionalidade excessiva de Serra embotou todo tipo de emoção que ele pudesse transmitir.

Marina arrancou lágrimas de empresários em pequenas auditórios, mas saiu-se mal nos debates de televisão.

Alguém sabe citar de cor as principais promessas feitas pelos candidatos?

Lembro das seis mil creches e das não sei quantas Unidades de Pronto Atendimento de Dilma; do salário mínimo de R$ 600,00 e do reajuste dos aposentados de Serra; e do “governar com os melhores” de Marina. Em suma: promessas pontuais ou genéricas.

O corpo de Lula e o pacto social

Deu em O Estado de S. Paulo

Além de brindar os ‘mais pobres’ no projeto político, presidente tratou de cooptar os ‘muito ricos’

Tales A. M. Ab'Sáber

Lula deu início a seu governo declarando de modo desafiador e irônico que surpreenderia fundamentalmente tanto a direita quanto a esquerda. Afora o que há de autocomplacência lépida e demagogia comum na frase, de resto dimensões narcísicas do discurso que o político e seu governo jamais aboliram, há nela, em seu fundo, uma verdade política explícita forte, que acabou por se confirmar historicamente.

sábado, 25 de setembro de 2010

Acabar com a desigualdade não é tudo

Por Rui Nogueira / BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 19/9/2010 0:24
''Acabar com a desigualdade não é tudo''

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=25629499

Acabar com a desigualdade não é tudo; os maus exemplos no comportamento político têm um viés de 'democracia popular'; os laços com o corporativismo são fortes, significam um retrocesso e 'não são um bom manto para a democracia'.

A síntese é acrescida da percepção de que 'há abuso de poder político' e foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Ele diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma 'assombrosa conversão ao passado'.

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida no início da semana.

O sr. não acha que os exageros retóricos do presidente Lula vão além da circunstância eleitoral e podem estar desligando da tomada os aparelhos da democracia?

Sinceramente, não acho que o presidente Lula tenha uma estratégia nessa direção. Acho que a democracia tem raízes fortes no País, a sociedade é muito diversificada, a sociedade civil é mais autônoma do que se pensa, as empresas são poderosas, a mídia é poderosa. Não acho que o Lula tenha um projeto para cercear a democracia. O que ele tem é uma prática que, às vezes, excede o limite. E, quando isso acontece, eu me manifesto. A democracia não é um fato dado, é uma constante luta. Se a gente começa a fechar os olhos às pequenas transgressões, se elas vão se acumulando, isso tudo distorce o sentido das coisas.

Há algum problema na origem da nossa cultura política?

Sim, a nossa cultura política não é democrática. Nós aceitamos a transgressão com mais facilidade, nós aceitamos a desigualdade perante a lei, para não falar das outras desigualdades aceitas com mais facilidade ainda. Você tem um arcabouço democrático, mas o espírito da democracia não está consolidado.

E de quem é a culpa?

Não é de ninguém. Mas a responsabilidade para não quebrar esse arcabouço e reforçar o espírito da democracia é de quem tem voz pública. O presidente da República é responsável porque a conduta dele, no bom e no mau sentido, é tomada como exemplar. Portanto, ninguém é culpado, mas há responsáveis.

De que maneira explícita pode então ser atribuída uma cota de responsabilidade nesse processo ao presidente Lula?

Uma das coisas que mais me surpreendeu na trajetória política do presidente Lula foi a absorção por ele do que há de pior na cultura do conservadorismo, do comportamento tradicional. Ele simplesmente não inovou na política.

Dê exemplos.

O Lula adotou o clientelismo. Veja o caso do Amapá, onde o presidente Lula pede voto no fulano e fulano porque é amigo. Depois se descobre que o fulano está envolvido em escândalos, mas aí desenrola-se uma mistificação dizendo que nunca se puniu tanto como no governo dele. Isso é um comportamento absolutamente tradicional. Desde quando passou a mão na cabeça dos aloprados, o critério é sempre esse. No fundo, o Lula regrediu ao Império, aplicando a regra do 'aos inimigos a lei, aos amigos a lei'. Ele não inovou do ponto de vista político, mas poderia ter inovado.

O sr. esperava um presidente Lula mais democrático, mas está apontando traços caudilhescos no comportamento dele.

O PT quando foi criado se opunha ao corporativismo herdado do fascismo e de Getúlio Vargas. No poder, o que vemos é que ele ampliou esse corporativismo. O PT trata esse corporativismo como se fosse um movimento da sociedade, quando nós estamos diante da ligação de grupos corporativistas ao Estado e o controle desses grupos pelo Estado.

Responda 'sim' ou 'não' a esta pergunta: Lula tem alguma tentação a cultivar uma variante para a democracia popular?

Sim.

Explique a resposta.

Lula não tem esse propósito, mas a recorrência do linguajar político e a forma de agir levam à crença de que o que vale é ter maioria. E democracia popular é o quê? A democracia é mais do que ter maioria, o que é conquistado à força pelas ditas democracias populares. Democracia também é respeito à lei, respeito à Constituição, respeito às minorias e à diversidade. Tudo isso é obscurecido nas democracias populares, onde se entende que, se você tem a maioria, você tem tudo e pode tudo. Tem o direito de fazer o que bem entender. O presidente Lula não pensa em fazer isso, mas essas são as consequências do comportamento político que ele tem. Precisa ter limites.

Concretamente, que tipo de limite deveria ser imposto ao presidente Lula?

Não se pode, por exemplo, ver o presidente, todos os dias, jogar o seu peso político na campanha eleitoral. E vem agora uma senhora recém-empossada como ministra-chefe da Casa Civil (N.R.: Erenice Guerra, que caiu na quinta-feira, um dia depois da gravação desta entrevista) acusar o principal candidato da oposição, o José Serra, de 'aético'. Acusa por quê? Porque o candidato está protestando contra a violação do sigilo fiscal de sua família. Ela não tem expressão política alguma, mas baseia a acusação no quê? No princípio de que quem pode e quem não pode se sacode.

O sr. foi surpreendido com o discurso do 'nunca antes neste País' do presidente Lula?

De alguma maneira, sim, mas nem tanto. O comportamento do Lula, mesmo no tempo de líder da oposição, sempre foi de uma pessoa loquaz, fácil de apreender as circunstâncias políticas, muito mais tático do que estratégico. Ele falou em 'metamorfose ambulante' e isso explica bem o seu estilo e caracteriza bem o seu traço de conservadorismo.

Qual foi, então, a sua grande surpresa com Lula?

Achei que ele fosse mais inovador, capaz de deixar uma herança política democrática, mostrando que o sentimento popular, a incorporação da massa à política e a incorporação social podem conviver com a democracia, não pensar que isso só pode ser feito por caudilhos como Perón, Chávez etc. Essa é, aliás, a imagem que o mundo tem do Lula, que ele está incorporando os excluídos - o que já vinha do meu governo, a partir da estabilização econômica, mas é verdade que ele acelerou. Mas Lula está a todo o instante desprezando o componente democrático para ficar na posição de caudilho.

O que está na origem dessa tentação?

Na Europa, já não é mais assim, mas em alguns lugares ainda se acha que acabar com a desigualdade é tudo, que vale tudo para acabar com a desigualdade. Valia até apoiar o regime stalinista, o que Lula nunca foi. O que ele tinha de inovador é que o PT falava de democracia, um lado que está sendo esquecido. Nunca disse uma palavra forte em favor dos direitos humanos. Pode, perfeitamente, dizer que o caso nuclear do Irã não pode servir para atacar o país, lembrar o Iraque, mas, ao mesmo tempo, tem de ter uma palavra forte em defesa de uma mulher que pode morrer apedrejada.

O sr. já disse que o governo Lula tem realizações próprias suficientes para não precisar ser 'mesquinho' e usar esse 'nunca antes neste País'. Por exemplo?

O governo do presidente Lula atuou bem diante da crise financeira mundial (2008/2009). Isso não é fruto do passado, é fruto do presente. Nas outras áreas, ele deu bem continuidade, mas na crise podíamos ter naufragado e ele não deixou naufragar.

Outro exemplo de bom serviço prestado pelo governo Lula ao País?

Não sei qual a razão, mas o Lula acertou ao não engordar o debate sobre o terceiro mandato. Não sei se está ou não arrependido, mas o certo é que ele não engordou esse debate.

Em compensação, entrou na campanha com se estivesse disputando o terceiro mandato.

E não precisava. Ele podia atuar dentro da regras democráticas, mas está usando o poder político para forçar situações eleitorais. Há até um movimento em que ele se envolve para derrotar senadores da oposição, parece um ato de vingança porque não gostou da atuação deles no parlamento.

A jornalista e colunista do Estado Dora Kramer falou, há dias, de uma 'academia inativa por iniciativa própria'. É isso?

A frase pode ser um pouco forte, tem muito intelectual opinando, mas a academia está muito distante da vida, produzindo análises vazias. Lidam mais com conceitos do que com a realidade. Falam muito sobre livros, em vez de falar e escrever sobre o processo da vida. Houve, sim, um afastamento da academia desses desafios. A situação do País é boa, a começar pela situação econômica e social, e isso paralisa muita gente, mas a academia é que tem de manter o senso crítico, alertar, dizer o que está acontecendo e que merece reparos.

Limites

deu em o globo
Merval Pereira

A pesquisa do Ibope divulgada ontem pelo Jornal Nacional confirma a tendência de redução da diferença entre a líder Dilma Roussef e seus mais próximos competidores, o tucano José Serra e a verde Marina Silva. Pelo Ibope, essa redução está se dando mais pela definição dos indecisos em favor deles do que de uma queda da candidata oficial, o que significa que esse movimento não é suficiente para impedir que Dilma vença no primeiro turno.

O QUE PRETENDE A MÍDIA COMERCIAL

TEXTO DE FREI LEONARDO BOFF(*)

A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o "silêncio obsequioso"pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o "Brasil Nunca Mais" onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cureau, a censora

Mino Carta e Sandra Cureau
Enviado por luisnassif, sex, 24/09/2010 - 11:14

De CartaCapital

Mino Carta

24 de setembro de 2010 às 10:00h

Permito-me sugerir à doutora Sandra Cureau, vice-procuradora-geral da Justiça Eleitoral, que volte a se debruçar sobre os alfarrábios do seu tempo de faculdade, livros e apostilas, sem esquecer de manter à mão os códigos, obras de juristas consagrados e, sobretudo, a Constituição da República. O erro que cometeu ao exigir de CartaCapital, no prazo de cinco dias, a entrega da documentação completa do nosso relacionamento publicitário com o governo federal nos leva a duvidar do acerto de quem a escolheu para cargo tão importante.

Razões

artigo
por Merval Pereira

Está acontecendo um fenômeno interessante em relação à última pesquisa do Datafolha, que registrou uma redução da diferença entre a candidata que lidera, Dilma Rousseff, e seus oponentes, notadamente o tucano José Serra e a verde Marina. Nenhum deles liga essa queda diretamente ao escândalo envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, por motivos distintos.

A maior capitalização da história

Enviado por luisnassif, sex, 24/09/2010 - 00:48

Por Osvaldo Ferreira
Apesar de toda a campanha da velha mídia e dos "analistas" da Globo, Folha, Estadão e O Globo, Petrobrás completa processo de capitalização que irá entrar para a história. É a maior capitalização de todos os tempos e sem paralelo na história do capitalismo. Lula bate o martelo na Bovespa/BMF amanhã, sexta, em momento memorável e muito significativo de fortalecimento dos interesses nacionais...

23/09/2010 - 22h21

Petrobras capta R$ 120,4 bi com ações

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Pouco mais de um ano depois do anúncio, a Petrobras levantou hoje R$ 120,36 bilhões (US$ 69,97 bilhões) na maior venda de ações já feita no mercado de capitais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Dines e o gás no fogo do Estadão

Por Silvana
Do Observatório da Imprensa

Estadão põe gás no fogo

Por Alberto Dines em 23/9/2010

O Estadão ensandesceu: a manchete de capa de quarta-feira (22/9) transforma um embate episódico entre o governo e alguns veículos de comunicação numa confrontação política de grandes proporções e imprevisíveis conseqüências. E coloca indevidamente o Brasil ao lado da Venezuela e a Argentina no rol dos países latino-americanos onde o exercício do jornalismo e a liberdade de expressão correm riscos.

Por um pingo de serenidade

Eugênio Bucci - O Estado de S.Paulo

Por iniciativa pessoal do presidente da República, a imprensa vai se convertendo em ré nesta campanha eleitoral. Nos palanques, ele vem investindo agressivamente contra ela. Diz que vai derrotá-la nas eleições. Lula grita, gesticula, fala com muita virulência. Por que será?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Personalidades lançam manifesto em defesa da democracia

Entre os que já assinaram o documento estão Hélio Bicudo, Carlos Velloso, José Arthur Gianotti, Ferreira Gullar e Carlos Vereza

Estadão.com

Num momento em que o governo do presidente Lula se dedica a investidas quase diárias contra a liberdade de informação e de expressão e critica a imprensa por divulgar notícias sobre irregularidades na Casa Civil, um grupo de personalidades de diferentes setores - entre eles juristas, intelectuais e artistas - decidiu lançar um “Manifesto em Defesa da Democracia”, cuja meta é “brecar a marcha para o autoritarismo”.

PT endossa ato de centrais sindicais contra mídia

Leila Suwwan, O Globo

O PT e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) subiram nesta terça-feira o tom das críticas contra a imprensa e afirmaram que o "Ato contra o golpismo midiático ", marcado para esta quinta-feira, é "reação legítima" ao que consideram ser favorecimento à campanha presidencial tucana.

Peso da corrupção

Deu em O Globo
Miriam Leitão

É evidente que houve um aumento da corrupção no governo. Houve um momento em que era comum dizer que o rigor da apuração dava a impressão de mais corrupção. Agora, é difícil esconder.

'TV Lula' contrata empresa que emprega filho de Franklin

Deu em O Estado de S. Paulo
Leandro Colon

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal, contratou por R$ 6,2 milhões uma empresa que emprega o filho do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, presidente do Conselho de Administração da estatal, conhecida como “TV Lula”.

Prenúncios

deu em o globo
Merval Pereira

O presidente Lula anda pelo Brasil a falar mal dos meios de comunicação que, segundo ele, inventam coisas contra o seu governo para impedir que ele tenha sucesso. E o que é o sucesso que Lula procura tão ansiosamente que não lhe bastam a popularidade recorde e o prestígio internacional (um pouco abalado, é verdade, mas ainda grande)? A vitória de Dilma no primeiro turno.

Volta a manipulação do ‘golpismo’ (Editorial)

Deu em o globo

Assim como garante a liberdade de imprensa e expressão, a Constituição sustenta o direito à reunião — prerrogativas democráticas clássicas, restabelecidas pela Carta de 1988.

O PT, portanto, faz o que a lei permite ao convocar para amanhã, em São Paulo, um ato contra o “golpismo da mídia”, ao qual haviam aderido centrais sindicais, CUT à frente, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e os partidos aliados PCdoB, PSB e PDT.

Serra faz promessas, mas mostra desconhecimento sobre o Bolsa Família

EDUARDO SCOLESE
EDITOR-ASSISTENTE DE PODER

Ao falar nesta terça-feira sobre a promessa de criar uma espécie de 13ª parcela do Bolsa Família, o presidenciável tucano, José Serra, demonstrou desconhecimento do principal programa de transferência de renda do país.

Americana agradece empenho do governo brasileiro

O Globo

A americana Sarah Shroud, recentemente libertada após 14 meses presa no Irã por suspeita de espionagem, foi nesta terça-feira à sede da Missão Brasileira na ONU, em Nova York, agradecer pessoalmente ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o empenho do governo brasileiro por sua libertação.

domingo, 19 de setembro de 2010

Folha, Se Manca 7...

Por Felis
Ontem, dia 17/09/2010, rompi, após trinta anos de relacionamento, meu derradeiro vínculo com o jornal Folha de São Paulo: cancelei minha assinatura do portal UOL, por intermédio do qual acessava a versão eletrônica daquele diário.

A decisão de fazê-lo deve ser entendida num contexto temporal mais amplo, ainda que tenha tido como motivação mais próxima a postura obscena da Folha em favor de determinado candidato na atual campanha presidencial. Não que, como é patente no caso da Folha, um veículo de imprensa não possa ter seu candidato. É legítimo que o tenha e que manifeste sua preferência por ele. Mas, para isso, há um local apropriado: o editorial. O que não se admite é que se contamine o noticiário com essa preferência, seja omitindo, distorcendo ou inventando notícias.

Folha, Se Manca 6...

De Samy

Em março/abril desse ano tb cancelei a minha assinatura do UOL, sempre o considerei o portal mais completo mas o conteúdo, integralmente vindo da Folha, começou a me incomodar, por perceber a falta de isenção e desequilíbrio com que as manchetes ora tratavam o governo, ora a oposição. Abaixo meus e-mails enviados ao ombudsman do UOL pedindo revisão de postura, nele já percebemos a tendência do jornal emporcalhar a cobertura, dando preferência às notícias de escândalos que agora se tornam recorrentes:

Folha, Se Manca 5...

Por Paulo Paiva

Eu cancelei a minha após o evento da ficha falsa e como você acho que não basta, eu realmente torço para que o jornal feche as portas - gostaria de participar mais ativamente de alguma campanha contra o referido jornal do qual já fui assinante. Pensei que poderíamos começar uma campanha comunicando os patrocinadores do referido jornal sobre a possibilidade de boicote àqueles que financiam a folha - ao contrário do que possam dizer, é um gesto democrático eu não compro produtos de quem financia um jornal que mente e deturpa notícias. Acho que uma campanha dessas, principalmente alertando 'antes' os patrocinadores pode ser saudável, exceto claro o Governo de São Paulo que, pelo jeito, vai continuar além de comprar assinaturas para as escolas.

Folha, Se Manca 4...

Por Omar Torres

A cerca de cinco anos atrás tomei a decisão radical e muito saudável de fechar as minhas contas bancárias pessoais, deixar de ler jornais, revistas, ver noticiário de televisão e rádio. Chego aos sessenta anos bem de saúde, economicamente equilibrado e muito mais bem informado. Ainda que cause espanto, sou fundador de um Sindicato de Jornalistas, ex-proprieário de um pequeno jornal, comunicador de rádio e desde 1998 empresário do ramo de prestaçõ de serviços. Considero-me bem informado porque excluí da minha vida os tradicionais meios de comunicação. Leio vários blogs, sabendo, claro, de suas tendencias e acompanho a trajetória de quem os faz. Daí tiro minha média ponderada e formo meu juizo de valor. Moro no Nordeste (Petrolina) e ouso afirmar que o lado cá de cima é muito menos contaminado ou influenciável pelo PIG que o Sul marvilha.

Folha, Se Manca 3...

Por Wagner Borja

Fui leitor da FSP por mais de 25 anos.

Aprendi muito com Cláudio Abramo, Janio de Freitas....mas com o passar do tempo...o jornal foi se desfigurando!

Aquele órgão de imprensa de repente se transformava em caixa de ressonância da semanal da Abril, depois em panfleto partidário....aí foi demais....ficha falsa, espaço para acusações sem fundamento de violencia sexual por parte do presidente.....e todas as baixezas que sabemos.

Já deixei de assinar o jornal, ainda que tenham recentemente oferecido 60 dias de jornal gratuitamente o que prontamente recusei, agora o próximo passo é romper com o UOL, o debate com perguntas de militantes e funcionários do PSDB foi algo tao sem noção que nao consigo acreditar em nada do que dali se origina.

Enfim, pra completar, espero que o novo governo ponha fim a esse oligopólio midiatico, quero ter a possibilidade de ler jornais que tenham posições diversas de FSP e Estadão!

Por uma "ley de medios" já!

Folha, Se Manca 2...

Por Heleno Luís
Sou leitor há nem sei quanto tempo. Desde muleque, guri mesmo, sei lá, dez, doze anos. Tenho 36 anos, de família iletrada e humilde. Migrantes pernambucanos. No início nem entendia muito os textos dos editoriais. Para um garoto, complexo linguajar! Mas os lia, valentemente. Devorava o jornal do início ao fim. Até os anúncios necrológicos.

Inúmeras vezes deixei de tomar um lanche para comprar o jornal. Nunca fui assinante, comprar em banca era parte da minha militância e orgulho de assíduo leitor, além de um hábito, vício danado, impossível de conter. De quando em vez, me bandeava para o Estadão, coisa que não durava dois ou três dias, pois era um diário chatão, cheio das frescuras, de difícil decifração e pior, não tinha as crônicas do Cony.

Tornou-se um ritual na idade adulta. Depois do café da padaria (Dona Deôla da Cerro Corá, e agora uma fuleirinha sujinha aqui na Santa Cecília), uma passada na banca para pegar a Folha, e sôfrego, correr para o salão (sou cabeleireiro) destrinchar o jornal.

Hoje já não tenho mais estômago. Como o Lula, tenho azia.

Folha, Se Manca...

A Folha não entendeu. Simplesmente não entendeu ainda. O tempo da orgia mitômana, manipulativa, do bacanal do mau caratismo impune, já era. Nada mais fica sem resposta. Digo, o outro lado, agora , tem repercussão.

A competência da Folha, quer dizer, seu modus operandi, é o mesmo de Serra. Não é por nada tamanha identificação, irrestrita, sem limites. Ninguém mais se intimida, os berros raivosos só incomodam nossos ouvidos, nosso olfato(o bafo podre), nosso rosto(a baba da espuma raivosa), e nosso senso de decência. Folha, se manca.

Partido oculto

Deu em O Estado de S. Paulo
Dora Kramer, O Estado de S.Paulo

Consta que o PT e o Planalto ficaram desolados com a divulgação da palestra feita para uma plateia de petroleiros pelo ex-presidente do partido, deputado cassado, réu processado por corrupção e autoproclamado "camarada de armas" de Dilma Rousseff, José Dirceu.

A onda de denúncias

Deu no Correio Braziliense
De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Por uma coincidência extraordinária, denúncias pipocam a toda hora nestes últimos dias de campanha eleitoral. Faltando duas semanas para a eleição do sucessor ou, pelo que parece, da sucessora de Lula, falar delas se tornou uma verdadeira obsessão para nossa grande imprensa.

O pós-eleição

Deu em O Globo
Merval Pereira

Na expectativa de que as próximas pesquisas eleitorais registrem alterações na definição do eleitorado que permitam a esperança de um segundo turno, os principais líderes do PSDB vivem uma situação paradoxal. Gostariam de ir para o segundo turno para manter a polarização com o PT, mas não acreditam que seja possível vencer.

sábado, 18 de setembro de 2010

Aliados de Serra tratam derrota como favas contadas

A 15 dias do encontro dos eleitores com as urnas eletrônicas, integrantes das cúpulas do PSDB e do DEM jogaram a toalha.
O signatário do blog ouviu, nas últimas 48 horas, três caciques da oposição –dois tucanos e um ‘demo’.
Para atalhar as declarações protocolares, o repórter comprometeu-se a preservar a identidade dos interlocutores.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Os jornalistas tucanos, por Marcos Coimbra

Enviado por luisnassif, sex, 17/09/2010 - 15:00

Da Carta Capital

Os jornalistas tucanos, por Marcos Coimbra

Marcos Coimbra

Quando, no futuro, for escrita a crônica das eleições de 2010, procurando entender o desfecho que hoje parece mais provável, um capítulo terá de ser dedicado ao papel que nelas tiveram os jornalistas tucanos.

Foram muitas as causas que concorreram para provocar o resultado destas eleições. Algumas são internas aos partidos oposicionistas, suas lideranças, seu estilo de fazer política. É bem possível que se saíssem melhor se tivessem se renovado, mudado de comportamento. Se tivessem permitido que novos quadros assumissem o lugar dos antigos.

Capitão Nascimento pode morrer em "Tropa de Elite 2"

A invasão está prevista para 8/10. "Tropa de Elite 2" tomará de assalto 600 dos cerca de 2.200 cinemas do país.

O diretor José Padilha tenta driblar a pirataria, que atingiu o antecessor, "Tropa de Elite" (2007). Para que o roteiro não vazasse, o filme foi inscrito na Agência Nacional do Cinema camuflado sob o título "Crime Organizado", com nomes de personagens trocados e páginas impressas em vermelho, para impedir o xerox do conteúdo.

Vantagem de Dilma cai no Paraná e no DF

Deu na Folha de S. Paulo

Diferença sobre Serra diminuiu 7 pontos no Estado do Sul e 13 pontos na capital do país

A estabilidade na disputa presidencial em nível federal não se reproduz em algumas unidades da Federação pesquisadas pelo Datafolha.

No Paraná, a diferença entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) caiu sete pontos. Na pesquisa dos dias 8 e 9, a petista tinha 46%, e o tucano, 33%. No levantamento divulgado ontem, o placar ficou em 41% a 35%.

A melhora no desempenho de Serra se deve em parte aos eleitores de Curitiba. Na capital paranaense, ele oscilou um ponto para cima, e Dilma caiu oito pontos. Com isso, Serra abriu vantagem sobre Dilma na cidade.

No Distrito Federal, a vantagem de Dilma sobre Serra caiu 13 pontos. A petista passou de 51% para 43%, e o tucano, de 16% para 21%.

Tradicional reduto tucano, o Paraná tem sido um dos poucos bastiões do eleitorado de Serra. Essa pode ser uma explicação para uma maior sensibilidade da população aos escândalos recentes envolvendo nomes do PT.

No Rio Grande do Sul, porém, outra praça onde Serra manteve a dianteira por mais tempo, a variação foi positiva para Dilma. No levantamento da semana passada, a petista aparecia com 43%, e agora tem 45%. O tucano caiu de 38% para 34%.

No Rio, os dois principais candidatos oscilaram negativamente um ponto: Dilma foi a 48%, e Serra, a 20%. No Estado, Marina Silva (PV) chegou a 17%, empatando tecnicamente com o tucano.

Na capital do Estado, o quadro é ainda mais favorável a Marina, pois ela empata numericamente com Serra em 19%.

A queda

De Merval Pereira

O presidente Lula age de acordo com as pesquisas eleitorais, nada importa mais do que eleger Dilma sua sucessora, e no primeiro turno. E a demissão da ministra Erenice Guerra pode ser um sinal de que a crise começa a afetar, mesmo que minimamente, as intenções de voto em Dilma.

Compromisso histórico com a democracia

A despeito dos que querem me rebaixar —usando inclusive o horário eleitoral, que é um espaço de apresentação de propostas para melhorar o país—, minha história política está diretamente associada à liberdade. Só quem sofreu as chagas da Ditadura Militar neste país sabe, na pele, o que é ser defensor da democracia. E não existe democracia sem garantia ao direito à expressão e ao livre exercício da atividade jornalística.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quem tutela

deu em o globo
De Merval Pereira

Lembrar a proximidade de José Dirceu irrita a campanha de Dilma, mas ninguém ousa entrar com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral para tirar do ar o comercial do PSDB que alerta que o ex-ministro e deputado cassado, considerado pelo procurador-geral da República o "chefe da quadrilha" do mensalão, voltará ao poder em um eventual governo petista.

A carta de demissão de Erenice Guerra

Nos últimos dias, fui surpreendida por uma série de matérias veiculadas por alguns órgãos da imprensa, contando acusações que envolvem familiares meus e ex-servidor lotado nessa pasta.

Tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e, principalmente, a verdade dos fatos, defrontando-me com toda sorte de afirmações, ilações ou mentiras que visam desacreditar meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.

O imenso peso da derrota de 2002

A derrota de 2002 nas eleições presidenciais pode ser considerada a batalha de Stalingrado para o PSDB: vai custar muito mais do que oito anos fora do poder federal. Seus efeitos foram sentidos em 2006 e estão sendo sentidos em 2010.

Em 2002, Lula ganhou – no segundo turno – em uma eleição que poderia ter sido liquidado no primeiro turno, se Anthony Garotinho não tivesse tido pouco mais de 17% dos votos. José Serra terminou o primeiro turno com 23,19% dos votos e chegou a 38,72% no segundo turno.

Eleição definida

Eleição definida
Enviado por luisnassif, qui, 16/09/2010 - 15:09
Por Ricardo Guedes

Caro Nassif,

Esta é uma eleição tecnicamente decidida, seja em 1º turno, seja em 2º turno, provavelmente no 1º turno. Dilma tem 58% dos votos válidos, e José Serra atinge 41% de rejeição, o que impossibilita a sua eleição. De 100% do eleitorado total, 20% tradicionalmente vão para abstenção, brancos e nulos, restando 80% do eleitorado. Se dividirmos 80% por 2, temos então 40%, e todo candidato com rejeição de 40% ou mais não se elege em 2º turno.

Como a oposição terceirizou o discurso para a mídia

Do Valor
Um modelo partidário trazido do atraso

Maria Inês Nassif

A "mexicanização" do quadro partidário brasileiro é um debate a ser colocado em devidos termos. A ameaça de que o PT, depois das eleições de outubro, se transforme num Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México de 1929 a 2000, é apresentada como "denúncia". Isso é, no mínimo, um equívoco. A questão merece ser tratada criticamente por todos os atores do cenário político, sob pena de a eleição consolidar, de fato, e por um bom tempo, um único partido com condições de acesso ao poder pelo voto.

Presidente do BB compra imóvel com dinheiro vivo

Deu na Folha de S. Paulo

Segundo escritura, apartamento foi adquirido por Bendine por R$ 150 mil
Outro imóvel no mesmo prédio está à venda por R$ 310 mil; executivo afirma que o valor é compatível com renda

Mônica Bergamo

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, comprou um apartamento no interior de São Paulo neste ano em dinheiro vivo.

O imóvel foi declarado na escritura por R$ 150 mil. Com 160 m2 de área, ele tem duas vagas para automóveis de passeio. Foi adquirido em abril deste ano da Construtora Eugenio Garcia.

A Folha visitou o prédio. Um apartamento vizinho ao de Aldemir Bendine, no mesmo andar que o dele, está à venda por R$ 310 mil.

A escritura do imóvel foi registrada em abril. Nela consta que a construtora fechou a compra e que o valor do imóvel foi "recebido em moeda corrente nacional".

Bendine diz que fez o pagamento em notas de reais.

A lei permite que um imóvel seja quitado por meio de cheque, transferência bancária ou dinheiro vivo. A operação não é ilegal.

Quem tutela

deu em o globo
De Merval Pereira

Lembrar a proximidade de José Dirceu irrita a campanha de Dilma, mas ninguém ousa entrar com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral para tirar do ar o comercial do PSDB que alerta que o ex-ministro e deputado cassado, considerado pelo procurador-geral da República o "chefe da quadrilha" do mensalão, voltará ao poder em um eventual governo petista.

O PT de Dirceu que Dilma esconde

15/09/2010 - 11h26

A declaração de que o PT terá mais poder com Dilma do que com Lula, feita pelo ex-ministro José Dirceu, eterno presidente de fato do partido, é motivo para reflexões, avaliações e projeções muito sérias. Até porque --ou principalmente porque-- o PT tem sido um ausente do discurso de Dilma na campanha.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A nova ilusão oposicionista

Tornou-se um lugar comum, na oposição, explicar as dificuldades de José Serra na campanha por um erro de estratégia. O que se diz é simples: Serra abandonou as referências históricas da oposição, fez uma adesão mal-disfarçada ao governo Lula (“o Brasil pode mais”) e quebrou a cara. O resultado poderia ter sido outro se ele tivesse sido fiel à história política do PSDB e quem sabe do DEM.

Fatos e versões

Marcos Coimbra
Correio Braziliense - 15/09/2010

Nesse tipo de combate, não faz a menor diferença se algo é verdade ou não. Como é apenas uma guerra de versões, o que conta é falar alto

Nas eleições, como em tudo na vida, uma coisa são os fatos, outra as versões. E, nem sempre, aqueles são mais importantes. Na luta política, uma versão bem defendida vale mais que muitos fatos.

Cláudio Lembo e o pós-eleições

Enviado por luisnassif, qua, 15/09/2010 - 12:17
Do Terra
Lembo: não temos partidos, só um movimento coordenado por Lula
BOB FERNANDES

"Dramático será o dia 4 de outubro, porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula(...) A mídia está engajada e tem um candidato, o Serra, com isso se perdeu o equilíbrio e é desse embate que nasce a intranquilidade, mas ela é transitória".

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Montenegro, do Ibope - Dilma quase nocauteou Serra

Blog Poder Online

Do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, sobre o debate do último domingo entre os principais candidatos a presidente:

“Foi um debate muito tenso, mas acho que a Dilma Rousseff se saiu muito bem. Melhor do que os outros.

Caso Erenice - O que esperar de Lula, o tolerante?

Chico de Gois, O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta terça-feira com alguns ministros, incluindo a chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para tratar de dois assuntos que estão incomodando o governo: o vazamento de informações de tucanos na Receita Federal e a denúncia de que o filho de Erenice, Israel Guerra, teria praticado tráfico de influência.

A eleição, vista pela mídia argentina

A proximidade das eleições no Brasil aumenta a cobertura sobre o tema nos jornais argentinos. Clarín e La Nación estão com repórteres seguindo os principais candidatos, além dos tradicionais correspondentes no país.

Amigos de Dilma

Deu na Folha de S. Paulo

Janio de Freitas

Dilma Rousseff caminha, aos empurrões, para o inesperado. Quis ser candidata e talvez, com a ajuda de vontades celestiais e sobretudo da divindade planaltina, tornar-se presidente da República. Ao que os fatos sugerem, não é só o que o destino lhe promete.

O método Veja de jornalismo

Por Alberto Dines*

A revista Veja desenvolveu ultimamente um tipo de reportagem denuncista apoiada em misteriosos vazamentos, ilações, e não em investigações. Optou pelo gênero de jornalismo de cruzada (cruzading journalism), adjetivado, politizado, claramente engajado. Seus críticos sentem-se livres para reciprocar no mesmo tom, desconsiderando liminarmente o teor e a importância do que está sendo publicado.

A fria vingança de Aécio
Enviado por luisnassif, ter, 14/09/2010 - 13:00

Por Weden
Quando Aécio saiu da disputa pela candidatura tucana à Presidência, ele sabia dispor de um grande trunfo para provar que ele estava certo, ou, o que dá no mesmo, mostrar que Serra perderia as eleições: simplesmente deixar que Minas fosse...Minas.

domingo, 12 de setembro de 2010

O ataque dos pássaros

Suzana Singer, ombusdman da Folha de S. Paulo

A Folha vem se dedicando a revirar vida e obra de Dilma Rousseff. Foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente no Sul. Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa.

sábado, 11 de setembro de 2010

Sobre os momentos mágicos da campanha

Enviado por luisnassif, sab, 11/09/2010 - 13:12

A declaração do Serra, de que sua eleição é a única maneira de Lula conseguir ser eleito daqui a quatro anos, entrará para os clássicos da política.

Por tudo que se sabe, o que garante a volta da oposição é apenas o fracasso do governante. Com Serra, a volta é garantida, segundo ele próprio.

Mais que isso. Reduzido a um público eleitor fundamental antilulista (muito mais do que serrista), Serra anuncia: votem em mim e garantam a volta do Lula daqui a quatro anos.

Lembra muito Jânio e o Marechal Lott na campanha presidencial. Final de campanha, assessores de Jânio informam que faltavam 50 grandes cidades para serem visitadas. Jânio, muito sério:

- Qual delas meu adversário já visitou?

Olhou a lista e decidiu:

- Nessas não precisarei ir, porque sua presença por lá já garantiu meus votos.

Subindo o tom

Do blog de Cristiana Lôbo

O PSDB pretende subir o tom nas críticas à candidata petista Dilma Rousseff nesta reta final da campanha presidencial para marcar diferenças entre sua proposta e a da adversária e, assim, tentar recuperar o eleitorado que José Serra vem perdendo desde que começou a propaganda eleitoral na televisão.

Dilma, o cofre e as urnas

A decisão do presidente do Superior Tribunal Militar, ministro Carlos Alberto Marques Soares, de colocar em um cofre inacessível o processo que levou Dilma Rousseff à cadeia ao tempo do regime militar, além de inconstitucional –, pois é documento público, não submetido a sigilo – encerra uma série de contradições.

Dilma, antes de mais nada, diz ter “orgulho” de seu passado de combatente do regime. Diz que não tem nada a esconder. Por que não toma, então, ela própria, a iniciativa de abri-lo ao público?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ESTÃO COM MEDO DA DILMA

ESTÃO COM MEDO DA DILMA
Por Carlos Chagas

Uma pergunta não quer calar: por que a grande imprensa demonstra tamanha má vontade com a candidatura Dilma Rousseff? Do Globo à Folha e ao Estadão, sem esquecer a Veja, sucedem-se manchetes e textos sempre cáusticos para a candidata. Lógico que notícia é notícia, seria impossível omitir denúncias como a da quebra do sigilo fiscal de tucanos ou observações sobre as escorregadelas de Dilma a respeito de números exagerados ou estatísticas duvidosas. Da mesma forma, não há como deixar de lembrar os leitores de faltar a ela experiência política, ou até de que só disputa o palácio do Planalto por imposição do presidente Lula.

O fato novo

Deu no Correio Braziliense
De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Quem, nas duas últimas semanas, leu os colunistas dos “grandes jornais” (os três maiores de São Paulo e Rio) deve ter notado a insistência com que falaram (ou deixaram implícito) que as eleições presidenciais não estavam definidas. Contrariando o que as pesquisas mostravam (a avassaladora dianteira de Dilma), fizeram quase um coro de que “nada era definitivo”, pois fatos novos poderiam alterar o cenário.

Combinar com os eleitores

deu em o globo
De Merval Pereira

Não há ainda informação confiável sobre a repercussão do escândalo da quebra em série de sigilos fiscais na decisão dos eleitores, e ambos os lados da disputa anunciam números favoráveis: para os petistas, se alguma coisa se moveu foi a favor de Dilma, que teria ampliado sua diferença sobre Serra apesar dos pesares. Para os tucanos, os números já indicariam uma queda de Dilma e subida de Serra, restando confirmar se essa é uma tendência que pode levar a eleição ao segundo turno.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Programa de TV - Noite - 07/09

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 56%, Serra 21%

Cientistas políticos afirmam que o caso da violação de sigilo da filha de José Serra (PSDB) não alterou a escolha do eleitor

iG São Paulo | 07/09/2010 17:02

No sétimo dia das medições do tracking Vox Populi/Band/iG para a eleição presidencial, a petista Dilma Rousseff obteve 56% e o tucano José Serra 21% das intenções de voto. Em relação ao primeiro dia da medição, no dia 1 º de setembro, a petista oscilou positivamente cinco pontos percentuais. O candidato tucano teve oscilação negativa de quatro pontos percentuais. A margem de erro é de 2,2 pontos. No dia 1º de setembro, Dilma tinha 51% e Serra 25%.

A candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, manteve-se com 8% das intenções de voto. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, mesmo índice do levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%.

A pesquisa, publicada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia. A amostra é totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados.

Na pesquisa espontânea, quando o nome do candidato não é apresentado ao entrevistado, Dilma oscilou positivamente um ponto e tem 45%, Serra por sua vez oscilou negativamente e marca 16%, um ponto a menos que na sondagem anterior. Marina Silva manteve-se com 6%.

A petista apresentou melhora de três pontos da região Sudeste, onde tem 49%. Serra oscilou negativamente três pontos, para 22%. Na região Centro-Oeste/Norte, Dilma passou de 55% para 54%, enquanto Serra ficou estável em 25%. Na região Sul, Dilma oscilou de 53% para 51% e Serra, de 25% para 24%. No Nordeste, Dilma passou de 71% para 70% e Serra, de 15% para 16%.

Violação de sigilo não mudou escolha

De acordo com cientistas políticos ouvidos pelo iG, o movimento apresentado pelo tracking evidencia que a violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB e de Verônica Allende Serra, filha do presidenciável tucano, não interferiu na escolha do eleitor. “A Dilma ficou uma semana sob fogo cruzado, mas a crise (da quebra do sigilo) não colou na campanha”, afirma Marco Antônio Carvalho Teixeira, cientista político e pesquisador da PUC-SP e da Fundação Getúlio Vargas.

Para Murilo de Aragão, cientista político e presidente da Arko Advice Consultoria, “a maioria esmagadora dos eleitores já optou pela candidata do Lula e o episódio do sigilo, em que pese a gravidade do assunto, não teve repercussão para o eleitorado”. Segundo Aragão, os eleitores tendem a enxergar o mundo político como uma realidade à parte. E, por isso, o escândalo da violação do sigilo está distante do eleitorado.

“A tendência das eleições está dada”, afirmou o presidente da Arko Advice. Ele diz que desde o ano passado já esperava uma vitória da candidata petista no primeiro turno, mas a grande surpresa no processo eleitoral “é a tamanha vantagem da Dilma”. Com relação ao candidato tucano, Aragão vaticina: “Serra está perdido. Hoje ele é um passageiro da campanha”.

Ainda em relação ao escândalo do sigilo, Teixeira diz que “Serra deu um tiro no pé” ao atribuir a Dilma a quebra do sigilo e, logo no início, pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a impugnação da candidatura petista. “Ao negar o pedido, o TSE sinalizou que o problema pode ser do PT, mas não é da campanha da Dilma”, diz o cientista político. Segundo ele, os tucanos também caíram em uma saia justa com as denúncias, no Rio Grande do Sul, de que um sargento que atuava na Casa Militar responsável pela segurança da governadora Yeda Crusius (PSDB) teria acessado dados confidenciais do candidato Tarso Genro (PT).

Murilo de Aragão também busca no passado uma explicação. “A derrota de Serra começou a ser escrita oito anos atrás”. De acordo com ele, o PSDB não traçou uma estratégia para voltar ao poder. “O PSDB se organizou apenas em torno do prestígio dos seus cardeais e não soube explorar as falhas do governo Lula”, afirma. Segundo ele, as únicas ocasiões em que os tucanos tiveram alguma chance de ganhar eleições aconteceram em “episódios fortuitos”, como o mensalão.

O presidente da Arko Advice faz uma analogia para ilustrar em que situação está a disputa eleitoral. “Imagine uma luta de boxe. A Dilma está vencendo por seis a três e falta apenas um último assalto para terminar o embate. O que ela tem que fazer é evitar o choque. E o Serra só pode vencer por nocaute”.

Comercial Fala Lula - 30"

Tucanos longe do povo

A tragédia que se anuncia para os tucanos no plano nacional parece ter raízes bem mais profundas do que as trapalhadas com o vice Índio e indecisões ("ser ou não ser?") de José Serra no último ano.

Também não deve ser explicada só pelas conquistas econômicas angariadas em quase oito anos de governo.

Talvez os tucanos nunca tenham estado tão próximos do povo brasileiro quanto no período da reeleição do ex-presidente FHC, em 1998.

Naquela campanha, houve momentos em que eleitores balançavam no ar notas de R$ 1,00 diante do candidato-presidente. Foi um reconhecimento autêntico ao aumento do poder de compra que o fim da inflação trouxe.

O Plano Real foi obra de FHC, mas em cima de uma base aplainada e permitida por Itamar Franco. Assim como o sucesso de Lula se dá sobre o alicerce deixado por Fernando Henrique.

Mas, além de ter sumido com FHC nesta campanha, Serra e centenas de outros candidatos tucanos parecem estar cada vez mais distantes do povo.

A favela cênica apresentada por Serra no início do programa eleitoral na TV, em agosto, representa o ápice do autismo do partido.

O quadro atual para o grupo de Serra no PSDB é terminal.

Se perder a Presidência, os conservadores "Alckmistas" poderão ficar ainda muitos anos com o espólio paulista do partido. Já o vice-governador de São Paulo poderá ser Guilherme Afif Domingos, do DEM.

Trata-se de outro partido não identificado (especialmente no Sul e Sudeste) com os que devem eleger Dilma e uma grande bancada do PT no Congresso.

Restará ainda no PSDB Aécio Neves, ex-governador de Minas e futuro presidenciável.

O mais provável, porém, é que Aécio acabe encontrando outro ninho. Em um partido mais próximo das realidades do que Serra costuma chamar de "povão".

Um exemplo prosaico de quão avoados andam os tucanos paulistas é circular pelo entorno do estádio do Pacaembu, encravado entre dois bairros nobres de São Paulo (Higienópolis e Perdizes).

O que menos se vê por ali é povo.

Mas praças e ruas em volta estão coalhadas de cartazes do PSDB.

Principalmente dos tucanos Ricardo Montoro, filho de Franco Montoro, de Bruno Covas, neto de Mário Covas (não só o Nordeste vive de oligarquias) e de José Aníbal.

No último fim de semana, jogos de Corinthians (sábado) e Palmeiras (domingo) levaram dezenas de milhares de "populares" ao Pacaembu.

Os cartazes foram devidamente retirados nesses dias.

Classe D já supera B em poder de consumo

Pela primeira vez neste ano, a massa de renda das famílias da classe D vai ultrapassar a da classe B, apontam cálculos do instituto de pesquisas Data Popular. Em 2010, as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,380 trilhão. Enquanto isso, a classe B vai ter R$ 329,5 bilhões (24%). A classe B tem renda entre R$ 5.101 e R$ 10.200.

A cassetada que saiu pela culatra

Por Rafael Santana
Boa Tarde!

Falando nisso, parece que o "Casseta" não aguentou a Cassetada.

SURRA DE DILMA!

Ok.. ok.. nocaute !

Vocês ganharam ! Piada é feedback e a da Dilma/Dunga saiu pela culatra. Achei que estava sendo crítico e engraçado, pra alguns fui, pra maioria absoluta, não. Ingenuamente, confesso que não contava com tamanha "resposta", fui muito "lesado" ao cutucar militância com vara curta.

Quando se "sacaneia" alguma celebridade sempre se deve contar com a reação até raivosa dos fãs, mas acabei provocando uma ira santa, uma jihad.

Entonces, foi mal aí... fui mesmo idiota em não contar que a pegada da piada machucasse tanto. Também me surpreendeu o tamanho da "nóia", quanta gente que vê conspirações e inimigos para todos os lados, mesmo tendo a maioria esmagadora de apoio popular e o favoritismo eleitoral absoluto. O desejo de censura, as ameaças, as "propostas" para cercear a liberdade de expressão, também aparecerem em grande quantidade nos ataques (ou contra ataques) que recebi.

Mas tudo bem... quem entra na briga é pra bater e apanhar. Nesse caso, a surra recebida foi bem maior que no meu antológico embate com Las Tequilleras, que foi menos violento e mais "prazeiroso".

Ok... ok... nocaute!

Aos que se sentiram, sinceramente, ofendidos, que acharam a piada agressiva e grosseira... minhas desculpas. O freguês tem sempre razão.

Aos que se manifestaram, porque estão mesmo é defendendo o leitinho das crianças, aos que têm os Chávez da vida no coração, aos que sonham pelo controle da opinião alheia, aos que sempre atacaram ferozmente, mas não aceitam o troco... a esses não me desculpo, não!

Encerro aqui a temática eleitoral in my brógui. Aceito o conselho dos que me recomedaram pular fora dessa seara tão "apaixonada".

Beijunda!


Por CDM

Esse comentário postado lá na página do Casseta pelo Gustavo merece ser lido e reproduzido:
Gustavo:
6 setembro, 2010 as 10:08 am

"confesso que não contava com tamanha "resposta", fui muito "lesado" ao cutucar militância com vara curta."

Olha, seu Claudio Manuel, nao se trata de militancia, de Jihad, de ira santa. Trata-se de uma grande maioria já de saco cheio do conservadorismo da mídia brasileira (e vc está fazendo o jogo dessa mídia reaca, quer vc tenha consciência disso ou nao).

É evidente que existem dois pesos e duas medidas pra tratar políticos do PT e o resto, seja no noticiário, seja em revistas, em jornais ou mesmo em programas de humor como o seu. É isso que as pessoas estao percebendo e é por isso que vcs da mídia estao a cada dia com mais descrédito (vide 80% de aprovacao do Lula). As pessoas simplesmente se deram conta de como se dá o jogo de poder neste país (e ninguém é santo nessa história).

E vai além, nao se trata apenas de implicar com o PT, mas com todos os temas mais progressistas. Eu nunca vi vcs do casseta sacanearam o típico egoísmo dos ricos brasileiros, por exemplo. Só sacaneam pobre e as pessoas de sempre. Por quê? Eu nunca vi o casseta sacaneando latifundiários, grileiros, pessoas essas muito mais prejudiciais pro Brasil do que um Bin Laden. E no entanto está lá o Bin Laden com a Jurema. Meu, o que isso tem a ver com a gente, com os nossos problemas? Se querem fazer um humor crítico, que facam com alguma substância, porque do jeito que estao fazendo, estao em perfeita sintonia com a visao simplista de Brasil e de mundo que a mídia brasileira quer nos enfiar goela abaixo. Chega! Vcs podem fazer diferente! Queremos opinioes diferentes na mídia, chega desse uníssomo conservador que contaminou até vcs humoristas!

"O desejo de censura, as ameaças, as "propostas" para cercear a liberdade de expressão, também aparecerem em grande quantidade nos ataques (ou contra ataques) que recebi."

Está superdimensionando os comentários dos mais extremados (os quais existem de qualquer lado, tem gente de direita que quer a volta da ditadura pra se livrar do Lula e de uma possível Dilma presidente), os quais, pelo que eu pude notar, sao de uma minoria bem pequena. A grande maioria te criticou com propriedade, nao distorca as coisas.

E quanto a liberdade de expressao.... Vc nao está satisfeito em mudar o sobrenome da Dilma para Boquete, Safadete, Ladrete entre outras? A Veja nao está satisfeita em fazer uma capa com um chute na bunda do Lula? Nao estao satisfeitos em ameacar dar porrada no Lula lá congresso? Que mais vcs querem? Dejetar na cabeca deles para terem certeza que a liberdade de expressao está no bolso de vcs? Aliás, agradeca ao Lula pela liberdade de expressao que vcs tanto dizem que ele quer tomar, pois se nao fosse ele pra dar cara a tapa lá em Sao Bernardo, assim como os "cumpanheiros" dele que vcs vivem metendo o pau, a ditadura ainda estava aí e vcs sequer comecado alguma coisa, a nao ser que vcs optassem por um humor cego aos acontecimentos, como os trapalhoes e o Cico Anysio toparam. Aliás, saudades do Planeta Diário.

Saudacoes!

Mais um comentário muito bom..

Claúdio Manoel, eu não sou petista mas vou votar na Dilma (tem gente que não percebe a diferença), gostaria de dizer que você tem toda razão quando diz que os eleitores de Dilma reagem mais intensamente às críticas do que os demais. Mas tente contextualizar o porquê disto. Não é sem motivo que estas reações ocorrem. O PT historicamente é alvo de um pesado preconceito de classe: partido de preto, nordestino, vagabundo (leia-se sindicalista), pobre, analfabeto, comunista etc. E muitas vezes o humor patina nestes preconceitos (não estou dizendo que é o caso do seu blog).
Além disso, o PT, como nenhum outro governo na história (a não ser o deposto João Goulart), enfrenta uma fortíssima oposição dos grandes meios de comunicação (Globo, Folha de SP, Estadão, Veja, Época etc.). Motivos para os petistas se enfurecerem não faltam, é plenamente compreensível que ocorram “exageros” entre internautas, mas o exagero deles não representa absolutamente nada perto da campanha diária que é feita nos meios de comunicação contra a candidatura Dilma (e não estou incluindo este blog nesta campanha, acredito sinceramente na sua autonomia).
O fato de Dilma estar tão a frente nas pesquisas APESAR da campanha midiática contra ela, Lula e o PT é um sinal de amadurecimento político da sociedade brasileira. Hoje não dá mais pra pensar que “opinião pública” é sinônimo da opinião dos grandes meios de comunicação, como há não muito tempo atrás.
Qualquer colunista/blogueiro/jornalista desses grandes meios de comunicação vai sofrer com a desconfiança do seu público, com acusações injustas, teorias da conspiração e coisas do tipo. É uma pena que isto ocorra por um lado. Por outro, é sinal que as pessoas não engolem seco tudo que é passado pra elas.

2010 = 2006? Depende mais de Serra do que de Dilma

Do Blog de José Roberto de Toledo

Lá e cá surgem especulações sobre a possibilidade de haver segundo turno nesta eleição, como houve em 2006.

Tudo se baseia na semelhança da fotografia da eleição tirada no começo de setembro nos dois anos. E na comparação do escândalo dos aloprados (2006) com as violações de sigilo fiscais de tucanos (2010).

Essas são as semelhanças.

Mas há algumas diferenças importantes: o ritmo de crescimento da economia e o percentual de aprovação do governo, para ficar apenas no pano de fundo.

Também as curvas de intenção de voto descritas pelos candidatos a presidente há quatro anos e agora são distintas. Abaixo, uma comparação das pesquisas presidenciais do Ibope em 2006 e em 2010.

A trajetória de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006 mostra uma recuperação do tucano assim que a propaganda eleitoral começou na TV e no rádio.

Sua curva foi se inclinando e chegando mais perto da de Lula à medida que a eleição se aproximava. O movimento começou bem antes de o escândalo dos aloprados vir à tona. Acabou por haver segundo turno.

A curva de José Serra (PSDB) em 2010 é descendente. A queda se acentuou após o início da propaganda eleitoral na TV e no rádio. Por esta data, as curvas dos dois tucanos parecem se encontrar, mas com vetores distintos.

Levando-se em conta o ritmo de recuperação de Alckmin em 2006, Serra precisaria reagir rapidamente nas pesquisas para conseguir levar a eleição para o segundo turno.

Dilma Rousseff (PT) em 2010 tem uma trajetória eleitoral mais dramática do que Lula em 2006.

Sua ascensão recente foi mais rápida e atingiu um patamar ligeiramente superior ao do seu padrinho político.

Em votos válidos, sua margem é um pouco mais confortável para uma vitória no primeiro turno do que era a de Lula em 2006. Mas ainda não se pode avaliar se haverá estrago em sua imagem pelo caso das violações dos sigilos fiscais.

Será interessante acompanhar a evolução das curvas de Dilma e Serra nas próximas duas semanas e compará-las com as de Lula e Alckmin.

O que o gráfico mostra é que a repetição do cenário de 2006 depende mais de um esforço de reversão de tendência por parte de Serra do que de um tropeço de Dilma.

Receita demonstra não ter comando (Editorial)

Deu em O Globo

A semana passada chegou ao fim com o PT, a candidata Dilma Rousseff e o presidente Lula na defensiva, cada um a seu modo. Silêncios, evasivas e deboches foram usados na tentativa frustrada de desconectar militantes petistas do grave caso de acesso criminoso a aquivos da Receita Federal em busca de informações que desestabilizassem a campanha tucana à presidência.

Lula rebaixa a cidadania

deu em o globo
De Merval Pereira

O mais espantoso na atuação do presidente Lula no episódio das quebras múltiplas de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB, até mesmo a filha do candidato tucano à Presidência da República, é como ele manipula seus seguidores, explorando-lhes a boa-fé e, sobretudo, a ignorância.

José Serra lamentou que Lula tenha “debochado de coisa séria” quando fez análises nada republicanas sobre o episódio. Segundo o presidente, em cima de um palanque, o episódio não passa de “futrica”, e o candidato do PSDB “está nervoso” com a previsão de derrota e está usando sua família “para se fazer de vítima”.

domingo, 5 de setembro de 2010

Deu na Folha de S. Paulo

Dilma ignorou falha apontada por TCU: prejuízo de R$1 bi

Em Minas e Energia, petista foi avisada três vezes pelo órgão sobre falha no cálculo da tarifa de luz mas nada fez

Auditoria feita após a saída de Dilma da pasta confirmou problema; benefício não garantia desconto a mais pobres

Rubens Valente

A propaganda eleitoral tem apresentado a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) como uma eficiente gestora. Um erro cometido à frente do Ministério de Minas e Energia, contudo, coloca em xeque essa imagem.

A falha foi apontada pelo TCU (Tribunal de Contas da União), em um processo que se arrastou por sete anos, e corroborada por uma auditoria do próprio governo.

Segundo as decisões do tribunal, Dilma tardou em reconhecer e corrigir deficiências na tarifa social, um benefício concedido a consumidores de luz de baixa renda.

Democracia em risco.

Vivemos uma fase de democracia virtual. Não no sentido da utilização dos meios eletrônicos e da web como sucedâneos dos processos diretos, mas no sentido que atribui à palavra “virtual” o dicionário do Aurélio: algo que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual.

Faz tempo que eu insisto: o edifício da democracia, e mesmo o de muitas instituições econômicas e sociais, está feito no Brasil. A arquitetura é bela, mas, quando alguém bate à porta, a monumentalidade das formas institucionais desfaz-se em um eco que indica estar a casa vazia por dentro.

Dilma vira em 3 Estados e lidera sozinha em 24 UFs

Do blog de Jose Roberto de Toledo

Dilma Rousseff (PT) avançou no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul e agora lidera sozinha a corrida presidencial em 24 das 27 unidades da Federação. José Serra (PSDB) só consegue empatar tecnicamente com a petista no Paraná, Santa Catarina e no Acre.

Levantamento feito com base nas mais recentes pesquisas do Ibope nos Estados mostra que Dilma está isolada em primeiro lugar em todo o Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. A situação se repete em 6 dos 7 Estados do Norte.

No Acre, Estado natal de Marina Silva (PV), é onde a sucessão está mais embolada. Serra tem 34%, Dilma tem 32% e a candidata verde tem 19% (seu melhor desempenho no país).

Serra ainda consegue segurar empates técnicos em 2 dos 3 Estados do Sul, onde a “onda vermelha” demorou mais tempo para chegar. No Paraná ele tem 40%, contra 43% da petista. E entre os catarinenses ela tem 40% e ele, 38%.

Dilma tem mais de dois terços dos votos válidos em 11 Estados, todos do Nordeste e do Norte. Além desses, ela fica com 50% a 66% dos votos válidos em mais 12 unidades da Federação. Ou seja, a candidata de Lula ganharia no primeiro turno em 23 UFs, que somam 68% do total de votos do país. Neles, ela abre 19 pontos sobre a soma dos adversários.

Em São Paulo, Dilma também bate Serra, mas tem “apenas” 48% dos votos válidos, insuficientes para uma vitória em turno único.

As pesquisas que entraram nesse levantamento foram feitas em datas diferentes, a partir de 12 de agosto. As nove mais recentes foram concluídas na última sexta-feira. Juntas, elas somam mais de 27 mil entrevistas, cerca de nove vezes mais do que a amostra de uma pesquisa nacional do Ibope.

Ponderados os resultados estaduais segundo o porcentual de comparecimento dos eleitores em cada unidade da Federação na eleição de 2006, percebe-se que Dilma chega a 53% de intenção de voto, contra 27% de Serra e 8% de Marina.

Trata-se de uma média dos últimos 20 dias. Portanto, essa totalização não é tão recente quanto a pesquisa nacional Ibope divulgada na sexta-feira, que apontou Dilma com 51%. A diferença entra elas está dentro da margem de erro e não indica oscilação da petista. Os dois resultados se confirmam.

A um mês da eleição, Dilma tem cerca de 27 milhões de votos a mais do que Serra. Para levar a eleição para o segundo turno, o tucano e Marina precisam “roubar” 200 mil eleitores por dia da petista, em média.

sábado, 4 de setembro de 2010

Morte e Vida Francenilda SÃO PAULO -

Da Folha

FERNANDO DE BARROS E SILVA

A ala "Maçaranduba" da coligação "O Brasil Pode Mais", aquela para quem o que faltava ao programa de José Serra era "porrada", não tem mais do que reclamar. Na noite de quinta-feira, na TV, o tucano foi ao ataque e apostou suas fichas no "tudo ou nada".

Talvez não restassem muito mais opções a Serra. Não só à luz da dificuldade em que se encontra sua campanha mas, também, em razão do significado, ao mesmo tempo pessoal e político, que o escândalo da Receita tem para a candidatura.

FHC: um pote até aqui de mágoas

Alijado da campanha tucana, que prefere usar a imagem de Lula à dele, o ex-presidente deixa claro ao partido que está insatisfeito e ataca os marqueteiros de José Serra

Já passava das quatro da tarde, na quarta-feira 1º, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se deu conta de que estava prestes a perder o voo que o levaria para a Alemanha no início daquela noite. Correu até o escritório que mantém em seu amplo apartamento no bairro de Higienópolis, desligou o computador, colocou um moderno iPad numa pasta e deu um conselho brincalhão às duas empregadas que o servem: “Estou indo, cuidem de tudo aí e não vão comer toda a comida”, disse, num chiste de tom quase paternal. Naquele mesmo momento, tucanos de todas as plumagens alvoroçavam-se Brasil afora, revendo estratégias de uma campanha presidencial que eleva o tom a cada dia. No entanto, Fernando Henrique, o nome mais importante do partido, estava alheio a toda esta movimentação. Na verdade, estava pouco se importando com o que ocorria nos comitês eleitorais. “Vou para a Alemanha participar de um encontro de líderes políticos europeus. Não vou ficar me acotovelando no meu partido”, disse o ex-presidente numa entrevista exclusiva e esclarecedora dada à ISTOÉ pouco antes de sair de casa rumo ao aeroporto.


Lula diz que Serra tem dor de cotovelo e o manda para rua

Analistas já apostam em PIB de até 8% este ano

Cássia Almeida, Clarice Spitz, Fabiana Ribeiro, Marta Beck e Ronaldo D'Ercole, O Globo

A expansão mais forte do que o previsto da economia brasileira no segundo trimestre fez com que analistas revisassem para cima suas projeções para a expansão este ano.

Até o resultado divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE, o mercado previa uma alta de 7% no PIB este ano. Agora, essa estimativa subiu para até 8%.

Já as previsões para o próximo trimestre apontam para um PIB inferior ao 1,2% divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE.

O Banco Prosper previa que o PIB de 2010 subiria 7,7%. Agora, essa variação pode atingir até 8%. A GAP Asset revisou suas projeções de 7,1% para 7,5%.

A Fecomércio, por sua vez, calcula nova alta, de 7% para 7,5%. E o PIB para o ABC Brasil deve encerrar 2010 em 7,5%, e não mais em 7,3%.

- Para 2010, mesmo que não haja crescimento no segundo semestre, já temos garantido um PIB de 7%. Considerando crescimento médio de 0,7% para os próximos trimestres, chegaríamos a um resultado em torno de 7,5% - disse Luis Otavio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil.

Pesquisas indicam um Senado dilmista

Dentre os 66 candidatos favoritos nos Estados, 42 apoiam a candidata petista e apenas 22 estão com o tucano

Bancada governista no Senado pode superar 50 cadeiras; para mudar a Constituição Federal são necessários 49 votos

Fernando Rodrigues

Está em formação uma onda governista, mas não petista, na eleição para o Senado. Nas 54 vagas em disputa, a maioria dos favoritos está alinhada à presidenciável Dilma Rousseff (PT) em detrimento do seu concorrente direto, José Serra (PSDB).

Segundo pesquisas disponíveis, há 66 candidatos em primeiro e segundo lugar na corrida pelas 54 cadeiras de senador.

O Senado tem 81 cadeiras, mas 27 senadores têm ainda mandato até 2015.

Só uma tempestade mudaria maré de bonança de Dilma

Mauro Paulino, Diretor-Geral do Datafolha

Alessando Janoni, Diretor de Pesquisas do Datafolha

(...) Ela já é mais candidata à Presidência do que candidata do presidente. Prova dessa aparente cristalização do voto encontra-se na evolução do conjunto de eleitores que se dizem totalmente decididos sobre seu candidato.

Em dez dias, esse segmento cresceu quatro pontos e alcança 81%.

Hoje, 18% dos entrevistados dizem que ainda podem mudar de candidato. Eram 27% em julho.

Como exercício de projeção, pode-se calcular como ficaria a intenção de voto caso esse estrato dos que cogitam trocar de candidato realmente decidisse fazê-lo.

Dilma ficaria com 46%, Serra com 27% e Marina com 10%. Ainda assim, a petista teria 54% dos votos válidos.

Em condições normais, sem fatos que abalem a concentração do voto de um ou outro candidato, espera-se a manutenção da tendência.

Dilma tem 50% e Serra 28%, diz Datafolha

Apesar da estabilidade na pesquisa, número de eleitores que acham que petista vai ganhar sobe de 63% para 69%

Quadro fica estável pela 1ª vez desde início do horário na TV; Marina tem 10%; em eventual 2º turno, Dilma venceria

Fernando Rodrigues

Pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem em todo o país mostra estabilidade no quadro eleitoral: Dilma Rousseff (PT) oscilou de 49% para 50% em uma semana, e José Serra, que estava com 29%, tem 28%. Marina Silva (PV) está com 10%, contra 9% da semana anterior.

Atrás do voto ético

deu em o globo
De Merval Pereira

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, responsável direto pela Receita Federal e pela nomeação de Otacilio Cartaxo para comandá-la, depois de um inexplicável mutismo nos primeiros dias – explicável apenas pelo temor de assumir uma posição – resolveu explicar-se ao distinto público com a mesma tática utilizada pelo governo nos diversos escândalos que estouraram nos últimos anos: preferiu admitir que a receita não tem condições de controlar o sigilo fiscal do contribuinte a admitir que há intenções políticas na quebra de sigilo da filha do candidato à presidência do PSDB, José Serra, e de pessoas ligadas a ele e ao partido oposicionista.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Serra, o retrato da derrota

Enviado por luisnassif, sex, 03/09/2010 - 18:30
Do Último Segundo

Serra ao iG: 'Muita gente diz: que pena que Lula não apoia Serra'

Em entrevista ao iG, candidato tucano diz que pesquisa interna do PSDB mostra que eleitores de Dilma gostariam de votar em Serra

Adriano Ceolin, iG Brasília, e Nara Alves, iG São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou em entrevista ao iG nesta sexta-feira que pesquisas internas realizadas pelo partido apontam que muitos dos eleitores de sua adversária petista Dilma Rousseff gostariam, na verdade, de votar nele próprio.

"Se você pegar qualquer pesquisa e perguntar por que vota na Dilma, é por causa do Lula. É interessante pegar pesquisas de grupos. Muita gente diz: 'Que pena que o Lula não apoia o Serra. Porque eu queria mesmo era votar nele. Mas eu voto na candidata do Lula'", disse Serra.


acordo com o presidenciável, se Lula adotasse uma postura neutra nesta campanha, a imprensa já "estaria dizendo qual seria o meu ministério". Para ele, o apoio do presidente é "o único fator que mantém a Dilma". "Só. Único, exclusivo, é o Lula estar apoiando. Mais nada".

Mostrando-se otimista, o candidato disse, ainda, que confia na vitória do PSDB nas urnas em outubro, por possuir uma rejeição junto ao eleitor "muito baixa". "Eu não tenho rejeição. Minha rejeição é muito baixa. É um fator que me dá muito vigor e me faz confiar muito na vitória", afirmou.

No Nordeste, ressaltou o tucano, os eleitores afirmam que votam "na mulher do Lula". Isso, segundo ele, é o que seus amigos lhe dizem. "Para mim, ninguém diz. Eu sou sempre bem recebido. Você vai na cidade mais pobre do interior de qualquer Estado eu sou maravilhosamente bem recebido. Não é possível que todas pessoas que me recebem tão bem votem em mim", disse.

Como as oposições viverão o 4 de outubro

3 de setembro de 2010 às 9:00h

por Marcos Coimbra, reproduzido de Carta Capital

Como o 3 de outubro torna-se mais e mais previsível, é hora de começar a especular sobre como será o dia 4. Ele chega logo e é bom estar preparado para entendê-lo.

É fácil imaginar a alegria de Dilma Rousseff, Lula, o PT, seus aliados e o governo. Não custa sublinhar o caráter histórico da vitória que deverão comemorar.

E as oposições? Como viverão esse dia?

A primeira coisa a dizer é que sua provável derrota pode ser tudo, menos surpreendente. Se houve algo inesperado nestas eleições presidenciais foi seu empenho em colocar a cabeça no cadafalso. Nem se tivessem fixado a meta de fazer tudo errado teriam ido tão longe.

Caso Verônica não vai impactar no eleitorado, diz especialista

Do JB Online
Fabíola Perez, Portal Terra

SÃO PAULO - "O voto entra pelo bolso, alimenta o estômago e chega ao coração". É com essa frase que o especialista em marketing político e eleitoral Gaudêncio Torquato define o caminho do voto no processo eleitoral brasileiro. Com essa mesma ideia, o consultor político defende que o candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, precisa de um um "grande acontecimento" para alavancar sua campanha.

Questionado, então, sobre o impacto de denúncia de quebra de sigilo da filha do candidato, Verônica Serra, Torquato afirmou que o caso tende a não ter grande relevância para a campanha. "Eu acho que o povo não vai se incomodar muito com isso, porque não está dentro daquela equação que, na minha opinião, norteia o voto no País". Para o especialista, o caso da quebra de sigilo corrobora as posições das alas que já tomaram partido. "Isso enraivece a oposição e deixa os governistas mais cautelosos", analisou o professor, na quinta-feira (2), durante palestra sobre a Realidade Brasileira, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo.


Torquato vê falhas da campanha tucana e aponta dois motivos para a queda de Serra nas últimas pesquisas. "Ele tem um comportamento muito centralizador e alguns aliados acham que ele é pouco acessível. Por outro lado, os aliados não estão fazendo campanha junto com Serra. Eles não querem aparecer com um candidato que está perdendo. Já o Lula é um cabo eleitoral muito forte", explica ele.

Torquato destaca, no entanto, que o maior problema do tucano é um discurso dissonante. "Ele (Serra) errou violentamente ao criticar o PT e usar a imagem do Lula. O discurso da continuidade do lulismo é o que está pegando, por conta do que eu chamo de PNBF, Produto Nacional Bruto da Felicidade, uma mistura de dinheiro no bolso, geladeira cheia, satisfação social. Se ele disser: 'eu vou mudar', ele perde mais rápido ainda", acredita.

Já em relação à presidenciável Dilma Rousseff, Torquato acredita que a petista está "usufruindo os votos de agradecimento do governo Lula" no período de campanha. Perguntado, porém, sobre a continuidade de um provável governo petista, Torquato ressalta que a ex-ministra precisará de uma boa equipe para conseguir dar identidade ao governo. "Acho que, com um certo tempo, ela conseguirá deixar uma identidade própria. O povo já está se acostumando a vê-la sempre ao lado do Lula. No Nordeste, por exemplo, ela está sendo chamada de 'Dilma do Chefe', porque a fonética é parecida".

O especialista, que falou em sua palestra sobre o passado, presente e futuro próximo da política brasileira, explicou que nessas eleições o conteúdo dos debates está "um pouco melhor que a estética", em comparação com o pleito de 2006. "Parece que os candidatos estão querendo acertar no conteúdo das mensagens", avaliou. "Vejo ainda um interesse das pessoas pelo Twitter, por exemplo. Há um envolvimento maior nessa campanha. A cada eleição que passa o eleitor ganha mais consciência", concluiu.

08:47 - 03/09/2010