O fato mais saliente no mundo político nos últimos pouco mais de 30 dias foram as propagandas partidárias do PT no rádio e na TV, todas enaltecendo Dilma Rousseff. No programa mais longo, que foi ao ar no dia 13 de maio, Lula apareceu para elogiar sua candidata a presidente e até compará-la a Nelson Mandela.
Os comerciais na TV e o apoio cada vez mais explícito de Lula alavancaram a alta de Dilma na pesquisa Datafolha divulgada hoje (22.maio.2010).
Basta lembrar que o último surto de crescimento da petista havia ocorrido em fevereiro. Foi naquele mês que Dilma também estrelou propagandas petistas na TV. E também quando foi ovacionada num encontro nacional do PT, em Brasília. Ou seja, teve muita exposição positiva.
Também em fevereiro o tucano José Serra enfrentava ainda os efeitos do aguaceiro causado pelas chuvas na região Sudeste. Além disso, o principal candidato de oposição tinha um comportamento titubeante, negando em público suas intenções de concorrer ao Planalto.
Depois, em março, Dilma não teve mais grandes eventos a seu favor. Já Serra acabou admitindo em público que seria candidato. O governo de São Paulo inaugurou várias obras (o Rodoanel, por exemplo) e muitas propagandas estatais paulistas foram parar na TV. Em abril, o tucano foi lançado oficialmente pré-candidato pelo PSDB em grande festa, em Brasília. Era o seu momento de exposição positiva.
Em março e abril, portanto, a maré foi mais favorável ao tucano. Quando maio chegou, o PT veiculou suas propagandas partidárias. Lula acelerou no discurso pró-Dilma. O efeito pode ser comprovado na pesquisa Datafolha, cujos dados estão aqui no blog.
Até meados de junho, PSDB e DEM, os 2 principais partidos de oposição, também terão propagandas televisivas. Qual será o efeito? Difícil prever. Mas uma coisa é certa: José Serra não terá, como Dilma, o presidente Lula ajudando em sua campanha.
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