quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Kleinübing: pode ser pior?

Na edição de ontem, o Santa trouxe uma entrevista com o prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing. A diferença deste ano, em relação aos anteriores, foi que o chefe do paço municipal já estava na sua terra natal, Florianópolis. Contudo, em sua entrevista, Kleinübing trilhou os caminhos da desfaçatez e das justificativas, na tentativa de não assumir responsabilidades cabíveis. Vejamos:

Como costuma agir, o prefeito, com cinismo e má-fé, alega que reconstrói sozinho a cidade. Vestindo a roupa de um herói da Disney, ele nega a participação no processo do governo federal, o grande responsável pelo que ele chama de “nova cidade”. Se tirarmos a máscara de Kleinübing, veremos claramente que a reconstrução de pontes, muros de arrimo, passarelas, ruas e a recuperação de escolas são obras financiadas com recursos do governo federal! A construção das 2,2 mil unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, o viaduto do Trevo da Mafisa, a recuperação das galerias do Sesi e da Rua 2 de Setembro são obras custeadas pelo governo federal!

A subversão que o prefeito faz dos fatos é tamanha que ele teima em pregar que as moradias provisórias são o céu na terra, ou ainda em se referir à construção da ponte de Badenfurt – que desde 2004 tem projeto aprovado e dinheiro garantido. Não fez ainda por quê? Nenhum projeto do prefeito parece sair do papel.

O chefe do Executivo também esqueceu de abordar a sangria das políticas públicas, principalmente nas áreas da educação, saúde e transporte público, que se esfacelaram em seu governo, marcado ao mesmo tempo pela letargia e pela rigidez nas políticas sociais. Mas o maior desastre veio quando o prefeito tentou discutir o processo de privatização do sistema de saneamento básico. Em vez de ter uma política voltada para a defesa dos direitos da população, preferiu garantir os lucros dos empresários, às custas de um processo que até hoje é discutido na Justiça.

LENILSO LUIS DA SILVA - Estudante

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