sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Só fato de grande repercussão muda tendência pró-Dilma

Do blog de Jose Roberto de Toledo

A ampliação da vantagem de Dilma Rousseff (PT) na reta final do segundo turno dificulta muito a tentativa de José Serra (PSDB) de virar a eleição na última hora. O tucano briga contra a inércia do eleitorado. A esta altura, só um fato novo de grande repercussão lhe daria chance de mudar a tendência do voto.

A petista se distancia do tucano em praticamente todos os segmentos importantes de renda, escolaridade e faixa etária. Nas maiores regiões, ela consolidou a proporção de 2 votos para 1 no Nordeste, e aumentou para dez pontos sua diferença no maior colégio eleitoral, o Sudeste.

A semana em que as elites perderam a noção

por Antonio Martins, no site Outras Palavras

Como a velha mídia manipulou imagens e fatos, para tentar forçar a vitória de Serra. O papel da blogosfera na desmontagem da farsa e a necessidade de uma democratização radical das comunicações

(Este artigo é a primeira parte do Dossiê Globogate: veja ao final links para outros textos)

A esta altura, restam muito poucas dúvidas: tudo indica que também o vídeo da suposta “segunda agressão” a José Serra no bairro carioca de Campo Grande (20/10) foi manipulado pela Rede Globo. Denunciada mundialmente no Twitter, na sexta-feira (22/10), após a aparição de análises que demonstram fusão falsificadora de imagens, a emissora não procurou se defender, nas edições seguintes do Jornal Nacional. Sua redação paulista fora palco, na véspera, de uma cena insólita. Os próprios jornalistas vaiaram a “edição” das cenas em que o candidato do PSDB é atingido por um rolo de fita adesiva, materializado do nada. (leia relato de Rodrigo Vianna). Na madrugada posterior às denúncias de fraude (23h09 de 22/10), o site da Globo exibiu discretamente uma nota do “perito” “Ricardo Molina. Redigido depois que os sinais de fusão fraudulenta de imagens tornaram-se evidentes, o texto procura, em essência isentar a emissora em investigações futuras sobre falsificação. Molina alega que analisou material “encontrado na internet” (veja análise de CDM, no Blog do Nassif).

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Serra não contava com o Lula sem limites

José Serra reclamou novamente ontem, em Recife (PE), da postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em prol de Dilma Rousseff. “”O Lula tem direito de ter candidata. Só que eu acho que ele passou dos limites. Ele deixou de governar para fazer campanha. Ele largou o governo”, disse.

Pesquisas já não servem de conforto

Deu na Folha de S. Paulo
Renata Lo Prete

Ainda que o antepenúltimo Datafolha da sucessão presidencial de 2010 tenha contribuído para tranquilizar integrantes da campanha de Dilma Rousseff - entre os quais havia, na véspera, quem genuinamente esperasse por uma redução da vantagem sobre José Serra -, a atitude petista hoje em nada lembra o excesso de confiança exibido na reta final do primeiro turno.

Dilma 2012 - O fim está próximo

Do Radar Político

Blog da campanha de Serra divulga vídeo sobre o fim do Brasil com eleição de Dilma

Rodrigo Alvares

Um blog da campanha do tucano José Serra publicou anteontem um vídeo intitulado “2012: O fim está próximo”, no qual é “mostrado” o futuro do Brasil já com Dilma Rousseff (PT) na Presidência. “Se a Dilma se eleger, olhe o futuro que nos espera”. Chamado Vou de Serra 45, o blog está na página oficial do candidato do PSDB e usa imagens da propaganda petista no horário eleitoral.

“Em janeiro de 2011, com o País dividido, Dilma assume a Presidência do Brasil. Sua primeira ordem é para que a Receita Federal inicie uma perseguição implacável contra os aliados e familiares do candidato derrotado, José Serra”, começa o filme. “Serra viaja com a família para os EUA, onde encontra, 40 anos depois, novo exílio político. Dilma declara guerra contra São Paulo. Usando sua maioria no Congresso, consegue vetar o envio de recursos federais para o governo de São Paulo.”

Joelmir Beting: 5 motivos para votar Dilma.

Quem decide se Lula ficou menor

Enviado por luisnassif, qui, 28/10/2010 - 10:58

Carta aberta de Carlos Moura (aposentado, fotógrafo, redator de jornal de interior, sócio de uma pequena editora de livros clássicos e coordenador da Ação da Cidadania em Além Paraíba-MG) para o jornalista de "O Globo" Ricardo Noblat.

===
Noblat

Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?

Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria, jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica. Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos. Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos. Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.

Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho. Minha origem é tipicamente "brasileira", da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes. A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.

O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical. Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S.Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor. Coisa natural quando um feudo começa a dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.

O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho. O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita ("esqueçam o que eu escrevi", " tenho um pé na senzala" "o resultado foi um trabalho de Deus"). O que vale é a forma, o estilo envernizado.

As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca. A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, "manchetar" a "queda" de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53 ) ficou impossível falar com candura. Ao operário no poder vocês exigem a "liturgia" do cargo. Ao togado basta o cinismo.

Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio. Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História. E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.

Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a "matança de criancinhas", enfiando o manto de Herodes em Dilma. Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é "acadêmica".

A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir "caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade".

Você não vai "decidir" que Lula ficou menor, não. A História não está sendo mais escrita só por essa súcia de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça, sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado, a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.

Carlos Torres Moura
Além Paraíba-MG

Diferenças regionais

deu em o globo
Merval Pereira

Uma das grandes incógnitas desta eleição, e que pode definir o vencedor, é saber se o candidato tucano, José Serra, conseguirá abrir em São Paulo e no Sul do país uma diferença que compense a vantagem que a candidata petista, Dilma Rousseff, está abrindo no Nordeste.

O país velho e conservador que emerge da campanha

Uma eleição para não ser esquecida | Valor Online
Maria Inês Nassif |

O novo presidente será conhecido já no domingo, tão logo contabilizados os votos das urnas eletrônicas. O novo Brasil político, no entanto, descortinou-se durante a campanha, é velho e conservador e merecerá certamente a atenção de especialistas depois do pleito. Os partidos, em especial os de oposição, conseguiram extrair da sociedade os seus mais primitivos preconceitos, por meio de uma agenda conservadora e religiosa. Qualquer que seja o resultado da eleição - e até esse momento não existem divergências entre as pesquisas dos institutos sobre o favoritismo da candidata Dilma Rousseff (PT) - o eleito terá de lidar com uma agenda de políticas públicas da qual foram eliminadas importantes conquistas para a sociedade como um todo, e na qual o elemento religioso passou a ser um limitador da ação do Estado.

Clipe Dilma Lá

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Contagem regressiva

A cinco dias da eleição, a pesquisa Datafolha cristaliza a diferença de Serra e Dilma em 12 pontos dos votos válidos e assim define virtualmente o segundo turno no próximo domingo. Serra não tem armas para lutar por mais votos, nem espaço no eleitorado para crescer e virar a eleição.

Carta à candidata Dilma

Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Quatro dias

Deu no Correio Braziliense
De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Contando hoje, restam quatro dias até a eleição. Tudo que aconteceu nos últimos dois anos na vida política brasileira e muito do que vai acontecer nos próximos depende deles.

Apequenados

artigo
Merval Pereira

A campanha eleitoral chega à semana final com um acúmulo de desvios de conduta dos candidatos e do governo que é difícil não chegar à conclusão de que os seus principais personagens, especialmente o próprio presidente da República, se apequenaram no caminho, e o processo democrático brasileiro sofreu um retrocesso que os principais líderes políticos terão que se esforçar para superar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O estranho segundo turno

Enviado por luisnassif, ter, 26/10/2010 - 10:43
Da Folha

FERNANDO DE BARROS E SILVA

Jogo estranho

SÃO PAULO - Este foi um segundo turno estranho. Digo "foi" porque há a sensação de que, além de estranho, já acabou. Por exaustão. Por carência de ideias. Por excesso de chatice. Pelas falsas polêmicas...

Acabou, antes de mais nada, porque Dilma Rousseff deve ser eleita no domingo, a não ser que José Serra produza em cinco dias o milagre que não foi capaz de fazer desde que se lançou, em abril.

Tem-se, hoje, a impressão de que o tucano não encontrou o tom da campanha e esgotou suas armas. Quais foram elas? Um capacete na cabeça e um crucifixo na mão.

Insiste no tema do aborto, com o trololó religioso que durou semanas, e a valorização estridente da agressão de que foi vítima no Rio são sintomas de um candidato sem foco, desesperadamente em busca de algo em que se agarrar.

Só isso explica, também, o acesso populista do tucano austero, que promete elevar o salário mínimo a R$ 600, aumentar em 10% o valor da aposentadoria e pagar 13º para os beneficiários do Bolsa Família. Serra quis parecer o Lula do Lula.

Mobilizando a agenda conservadora ou mimetizando a pauta petista, o tucano apostou sempre e tão somente em si mesmo, na sua capacidade de fazer, mandar, decidir.

Pode soar estranho, porque se trata de um personagem doente de tão racional, mas Serra é um candidato com forte traço messiânico.

Mas o que ou quem ele quer salvar? Os pobres? A democracia? Os valores da família? A nossa fé? Apesar de ser mais aparelhado do que sua adversária, o tucano se desvirtuou no processo eleitoral, sem, no entanto, conseguir romper o encanto do lulismo nem propor uma discussão séria do país, que fosse além da sua obsessão pessoal.

Parece mais fácil (é essa a inclinação da maioria) atribuir a provável derrota tucana aos "erros" do candidato, e não às dificuldades objetivas de enfrentar a escolhida de Lula na conjuntura atual. Serra colaborou para que as pessoas cometessem essa injustiça com ele.

Os dividendos da bolinha de papel!

Pois bem, enquanto o PT mantém suas alfinetadas em José Serra por conta da "bolinha de papel" no Rio, o PSDB deletou a história de seu programa de TV. Sabe por quê? Porque ganhou mais pontos a versão petista de que o incidente foi uma farsa do tucano. Ou seja, o episódio, no fim, estava rendendo mais dividendos eleitorais a Dilma Rousseff do que ao tucano. Pesquisas dos dois lados mostraram essa tendência do eleitorado.

Que Serra é esse?

Já tinha comentado aqui que achava estranho que José Serra, que sempre nutriu a imagem de alguém preocupado com os gastos públicos, fazer propostas como o salário mínimo de R$ 600, reajuste das aposentadorias em 10%, duplicar o Bolsa Família, como se fosse um político irresponsável. O impacto disso beira os R$ 50 bilhões e pode aumentar ainda mais o buraco da Previdência. Nesse último debate presidencial, na Record, a nova surpresa veio dos temas privatização e capital estrangeiro.

A campanha de Lula, Dilma e PT contra a privatização é um sinal de atraso. Desculpe, mas vou além: é um sintoma de ignorância. As empresas privatizadas são mais lucrativas, não dão rombos aos cofres públicos ( pagos por nós) e ainda pagam impostos.

É uma eficiência da qual todos saem ganhando, exceto os políticos que ganhavam cargos. Pena que a memória seja tão curta e não se lembrem mais do que eram os bancos estaduais, por exemplo.Só numa empresa estatal (e aí Serra fez muito bem em lembrar) um Collor consegue influenciar uma área estratégica como na Petrobras.

No debate da Record, foi a vez de Serra partir para o ataque e, sem maiores ressalvas, acusar Dilma de privatizar a Petrobras, permitindo que empresas estrangeiras participassem da exploração de petróleo.

O ataque faria sentido para mostrar que nem o PT acredita (ainda bem) no que fala. Mas do jeito que ficou no debate, parece que Serra e o PSDB endossam as bobagens estatistas.

Muita gente podia não gostar do Serra que entrou na campanha, mas sabia quem era ele. O que está, neste momento nos vídeos, é difícil saber. No começo da campanha não sabíamos (e ainda não sabemos) quem era exatamente Dilma. Agora, não sabemos quem é Serra.

Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A vida dos outros

Deu na Folha de S. Paulo

Declaração de ex-alunas de que Monica Serra disse ter feito aborto mobiliza leitor, que defende privacidade

Suzana Singer é ombudsman da Folha de S. Paulo

Em meio a uma campanha eleitoral que muitos apontam como a "mais baixa" desde a redemocratização, a Folha tocou em um ponto sensível. Há oito dias, publicou a declaração de uma bailarina que diz ter ouvido Monica Serra contar que fez um aborto. A mulher do candidato tucano teria relatado a suas alunas da Unicamp, em 1992, que, quando estava no exílio, precisou interromper uma gravidez.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lula “ruim/péssimo” cai para só 3%

Em meio aos números sobre a corrida presidencial divulgados pelo novo Datafolha na noite desta quinta-feira, com Dilma 12 pontos à frente de Serra (56 a 44) nos votos válidos, confirmando as pesquisas anteriores do Ibope e do Vox Populi, o instituto mostra também que o presidente Lula bateu seu próprio recorde mais uma vez, atingindo 82% a avaliação positiva de “ótimo/bom”.

Sobre farsas

Merval Pereira

Não satisfeito de ter transgredido todas as normas legais relativas à campanha eleitoral no afã de eleger a candidata que tirou da cartola, o presidente Lula na reta final da eleição perdeu qualquer vislumbre de constrangimento que porventura ainda tivesse e passou a fazer campanha política 24 horas por dia, antes, durante e depois do expediente oficial de presidente da República, em todas as dependências oficiais do governo.

Por um país livre e sem ódio

A mais recente pesquisa para a sucessão presidencial de 2010, realizada pelo Ibope, aponta a liderança da candidata Dilma Rousseff, que representa a continuidade e melhoria do Governo Lula, com 11 pontos à frente de José Serra, que representa a volta do jeito de governar que o Brasil conheceu com Fernando Henrique Cardoso. De acordo com o Ibope, Dilma tem 51% contra 40% de Serra —56% a 44% nos votos válidos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sete anos do Bolsa Família

Artigo

Há sete anos, em 2003, 23% da população brasileira (39,3 milhões de pessoas) sobreviviam com renda inferior a ¼ do salário mínimo atual. Praticamente um em cada quatro brasileiros estava sujeito à extrema insegurança alimentar e vivia um cotidiano marcado pela fome e pelo não reconhecimento de direitos sociais básicos. Foi nesse contexto que no dia 20 de outubro de 2003 foi criado o Programa Bolsa Família.

Complexo da Ponte do Badenfurt

As Manchetes dos Jornalões...

O mestre deu a partida

Deu em O Estado de S. Paulo
Dora Kramer

Em entrevista ao jornal espanhol El País no início deste ano, o presidente Luiz Inácio da Silva manifestou convicção na vitória. "Dificilmente perco essa eleição", disse, a despeito de o adversário à época apresentar vantagem nas pesquisas.

Capa da Inveja

No aniversário de Indio, agressão a Serra é vista como 'desespero'

No aniversário de 40 anos do candidato a vice-presidente Indio da Costa (DEM), a agressão ao seu companheiro de chapa José Serra (PSDB) foi classificada como ato de "desespero" de quem tem medo de "perder a boquinha".

A candidata do PT, Dilma Rousseff, foi chamada de "ficha suja de sangue", "comunista" e "autoritária".

Em encontro com cerca de 2.000 pessoas na churrascaria Porcão Rio's, no aterro do Flamengo, Indio aconselhou o PT a ter "juízo, juízo, juízo".

Tendência é inversa à do 1º turno

Do blog de José Roberto de Toledo

O Ibope indica que dobrou a diferença de Dilma Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB) na última semana. Houve recuperação da petista e queda do tucano.

Dilma tem hoje praticamente a mesma vantagem que tinha nesta época no primeiro turno: 56% contra os 55% de 23 de setembro. Nos 10 dias entre a pesquisa e a votação de 3 de outubro, ele caiu, Marina Silva (PV) subiu, e a eleição precisou de um novo turno.

#SerraRojas: José Serra se faz de vítima após ser atingido por uma... bo...

Tucanos admitem oferecer os benefícios a evangélicos

21/10/2010 - 08h10

O oferecimento de benefícios, como parcerias governamentais com entidades ligadas a igrejas evangélicas, foi admitido pela campanha de José Serra à Presidência.

No entanto, negou que a campanha, por meio do pastor Alcides Cantóia Jr., tome a iniciativa do contato com pastores.

"A Coordenadoria de Evangélicos faz apenas a intermediação entre partido e segmento evangélico, quando somos procurados", afirma a assessoria da campanha, em resposta a perguntas enviadas por e-mail.

A campanha diz que o trabalho é semelhante ao realizado por outras coordenadorias, como de Juventude, Diversidade, Mulheres, Nordestinos, entre outras.

Segundo a campanha de Serra, "a função do pastor Alcides Cantóia é atender às demandas de ações e eventos dirigidos ao segmento dos evangélicos".

Questionada se considera legítima a negociação de benefícios em troca de apoio, a campanha nega que haja "negociação".

"Não se trata de uma negociação, mas de uma ação de atendimento a segmentos específicos", diz a assessoria.

No e-mail, a assessoria também afirma que Serra "tem reiterado em diversas ocasiões sua intenção de promover parcerias com todas as entidades e instituições religiosas e filantrópicas, em diversas áreas da gestão pública, como a Saúde."

Petista cresce entre cristãos e mais pobres

Ao desembarcarem do voto no tucano, eles contaram dobrado na diferença entre os candidatos

Estadão.com.br

O aumento da vantagem de Dilma Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB) se deve principalmente à recuperação, pela petista, de eleitores cristãos e mais pobres. Ao desembarcarem do tucano, eles contaram dobrado na diferença entre os candidatos.

Baixos instintos

deu em o globo

Merval Pereira

A agressão sofrida pelo candidato tucano à Presidência da República, José Serra, ontem no Rio, atingido por um artefato atirado por manifestantes petistas que tentavam impedir que os simpatizantes da oposição fizessem uma passeata em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, é apenas o sinal mais visível da agressividade que tomou conta da campanha eleitoral.

Sob a névoa do lulismo

O sucesso do lulismo, a personificação dos avanços do Brasil na figura do presidente, esconde um fenômeno mais duradouro, importante e positivo: o apoio popular à estabilidade econômica.

Mais do que a mágica do presidente, é esse apoio à manutenção do modelo econômico que está dando a vitória a Dilma.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Novas pesquisas

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Começam a sair as pesquisas da reta final deste segundo turno da eleição presidencial. Só faltam 10 dias e, de agora em diante, serão muitas.

Depois do que aconteceu no primeiro turno, as pesquisas perderam a centralidade que tiveram ao longo do processo sucessório. Aqui, como em outros países, a opinião pública e imprensa se acostumaram a lhes atribuir uma importância talvez exagerada, concentrando a discussão sobre as eleições no acompanhamento dos números a respeito do sobe e desce dos candidatos. Com isso, vieram para o primeiro plano, lugar onde não deveriam estar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Minas decide

artigo

Tanto o governo quanto a oposição estão convencidos de que a eleição no segundo turno será decidida em São Paulo e Minas, os dois maiores colégios eleitorais do país. Desde a redemocratização, nenhum presidente foi eleito sem vencer em Minas. Mais uma vez o resultado do primeiro turno da eleição para presidente em Minas Gerais coincidiu com o resultado oficial geral.

Esposa de Serra fez aborto com 4 meses de gravidez

Jacson Almeida
Enviado especial

A esposa do candidato à presidência da república José Serra (PSDB), Sylvia Mônica Allende Serra, já fez um aborto no quarto mês de gravidez. O tucano, que baseou sua campanha numa mobilização contra o aborto, atacando a adversária política Dilma Rousseff (PT) em vários momentos durante o primeiro e o segundo turno das Eleições 2010, agora terá de se explicar para seus eleitores. A corrente tucana também disseminou na internet a história de que Dilma iria legalizar o aborto e viu nos evangélicos – contra o aborto por valores cristãos – uma chance de derrubar a candidata petista. Mas essa posição do PSDB é contrariada por ex-alunas da mulher do candidato à presidência. Uma delas, Sheila Canevacci Ribeiro, que atualmente é coreógrafa e doutoranda, recorda claramente o dia em que a professora Mônica Serra desabafou em sala de aula que abortou um filho de Serra.

A campanha eleitoral assumiu um tom fascistóide, diz Maria Rita Kehl

por Celso Marcondes, na Carta Capital

Em entrevista a CartaCapital, a psicanalista responsabiliza Serra pelo nível do debate eleitoral, fala de aborto e corrupção.

O fim da coluna da psicanalista Maria Rita Kehl no O Estado de S.Paulo foi um dos assuntos da semana, em particular na internet. Seu artigo “Dois Pesos” foi pesado demais para os donos do diário paulista. Neste espaço, publicamos vários artigos a respeito. A repercussão enorme gerou até um abaixo-assinado que corre pela rede em sua defesa. Passado o impacto, Rita Kehl conversou com CartaCapital a respeito das eleições presidenciais, que ela acompanha de perto, com o olhar da profissional conceituada em sua área e também com a visão de cidadã e jornalista, carreira que seguiu nos tempos da ditadura. Ela se diz escandalizada com os temas que tomaram conta do debate eleitoral e responsabilizou a campanha do PSDB por isso.